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Produtores de aves dizem que danos são 'irreparáveis'

Toda cadeia produtiva do setor em Santa Catarina está parada. Ao todo, 120 unidades frigoríficas de aves e suínos deixaram paralisaram as atividades

Economia|Estadão Conteúdo

Produtores de aves dizem que não há como reparar prejuízos
Produtores de aves dizem que não há como reparar prejuízos Produtores de aves dizem que não há como reparar prejuízos

O Sindicato das indústrias da carne e derivados e os produtores de aves de Santa Catarina divulgaram nota nesta quinta-feira (24) na qual manifestam preocupação com as consequências, "algumas irreparáveis", da continuidade da paralisação de caminhoneiros, que protestam contra a aumento do óleo diesel.

Na nota, o Sindicar (Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados) no Estado de Santa Catarina e a Avicultura (Associação Catarinense de Avicultura) alegam que a paralisação da circulação de bens, mercadorias, matérias-primas e insumos nas rodovias estaduais e federais afetou toda a cadeia produtiva da carne, "forçando a suspensão das atividades de dezenas de indústrias frigoríficas e prejudicando as atividades pecuárias em mais de 20 mil propriedades rurais".

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O documento destaca que, no campo, os estabelecimentos rurais que atuam nas áreas de avicultura, suinocultura e bovinocultura leiteira deixaram de receber ração para nutrição animal, pintinhos e outros serviços e insumos, sendo obrigados a adotar a restrição alimentar em seus plantéis.

Simultaneamente, a produção acabada não pode ser retirada. O prolongamento da greve colocou a base produtiva agropecuária em situação de gravíssimo risco, determinando a inutilização de milhões de litros de leite que já começam a ser descartados e colocando em sofrimento nutricional os animais.

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Conforme as duas entidades, a ameaça atual e iminente é de perda massiva de ativos biológicos com início de mortandade nas principais regiões produtoras. Santa Catarina tem um plantel permanente de 5 milhões de suínos e 118 milhões de aves alojadas que, a partir de agora, entram em regime crítico de sobrevivência. Se esse quadro se confirmar poderá haver imprevisível impacto de ordem sanitária.

Nas áreas urbanas, as plantas industriais de abate e processamento de aves e suínos deixaram de receber cargas vivas e insumos, ao mesmo tempo em que estão impedidas de escoar os produtos acabados para os portos e os grandes centros de consumo. Segundo a nota, "a capacidade de estocagem a frio dessas unidades está exaurida e o processo produtivo resultou estrangulado". Dessa forma, os frigoríficos paralisaram parcial ou totalmente as atividades em todo o Estado.

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Além do incalculável prejuízo econômico e financeiro, a situação agrava a posição do brasileira no mercado mundial, em virtude do não cumprimento dos contratos internacionais de fornecimento de proteína animal a diversos países.

Cadeia de aves e suínos está com 120 unidades paradas

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A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) alerta para o descumprimento de uma promessa feita pelas lideranças dos caminhoneiros, na quarta-feira, 23, de que seria liberado o acesso nas estradas para o tráfego de cargas vivas. Em nota, a entidade informou que há relatos de caminhões carregados com animais, paralisados, por todo o País. Em consequência, 120 plantas frigoríficas da cadeia de aves e suínos estão paradas nesta quinta-feira.

"Também está travada, em vários pontos, a circulação de caminhões de ração, que levariam alimentos para os criadouros espalhados por pequenas propriedades dos polos de produção. A situação nas granjas produtoras é grave, com falta de insumos e risco iminente de desabastecimento para os animais", destacou a associação.

Em virtude da ausência de insumos, a ABPA cita a existência de casos de animais com mais de 50 horas sem alimentação.

A paralisação dos frigoríficos levou à suspensão das atividades de 175 mil trabalhadores do setor. "A ABPA, portanto, apela ao movimento dos caminhoneiros pelo cumprimento da promessa com a liberação do transporte de animais e rações em todos bloqueios, além da retirada mínima de produtos nas fábricas para a retomada da produção", concluiu a associação.

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