Quem perder espaço para a tecnologia será realocado, garante associação
Troca de empregado por máquina pode resultar até em preços menores, afirma Afrac
Economia|Alexandre Garcia, do R7
A chegada da automação nos setores do comércio e serviços preocupa os profissionais empregados nas áreas. O temor maior é ser substituído por terminais de autoatendimento em um momento em que o Brasil conta com mais de 14 milhões de desempregados, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O vice-presidente de relações institucionais da Afrac (Associação Brasileira de Automação para o Comércio), Edgard de Castro, afirma que a automação está em fase de testes em vários setores da economia brasileira e pode realocar a mão de obra para outras atividades dentro dos próprios estabelecimentos.
— Você tira alguém do caixa e passa a ter não mais um profissional por caixa, mas um ou dois a cada seis caixas para fazer a supervisão. As outras pessoas você, seguramente, vai alocar em outros processos.
Castro ainda cita o exemplo das indústrias de transformação que adotaram as novas tecnologias em seu ambiente produtivo.
— Esse questionamento de falar que ao automatizar uma coisa tira mão de obra a gente vê que não aconteceu em outras áreas industriais. Você tem uma mecanização por robôs enorme e ela está realocando profissionais para outras atividades.
Redução de custos
Na avaliação de Castro, a automação dos setores de comércio e serviços é uma mudança que integra a necessidade das empresas. Ele destaca que o principal objetivo da implementação das novas tecnologias é a redução de custos e pode resultar, inclusive, em um alívio no bolso dos brasileiros.
— Acredito que a automação vai gerar uma economia porque se a pessoa está tendo uma redução de custos operacionais, seguramente isso deve ser refletido nos produtos.