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Um em cada três brasileiros vai deixar a compra de produtos da Páscoa para a última hora 

A procura maior é por itens mais baratos, como os bombons, que representam 16,1% das vendas; para incentivar consumo, 80% dos supermercados apostam em promoções

Economia|Camila Nascimento, do R7*

Na Páscoa, preços devem ficar 12% mais altos
Na Páscoa, preços devem ficar 12% mais altos Na Páscoa, preços devem ficar 12% mais altos

Os supermercados esperam um movimento maior com a aproximação da Páscoa. Segundo pesquisa da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), 47% dos consumidores do país deixaram as compras de ovos e itens para a ceia na semana anterior à data e 31% pretendem ir às lojas apenas no sábado (16), véspera do feriado. 

Apenas 10% anteciparam as compras em pelo menos 15 dias. Há os mais apressados ainda: 12% compraram um mês antes.

Aumento de preços

De acordo com a Abras, os preços devem ficar em média 12% mais altos em relação ao ano passado e tendem a acompanhar o aumento da inflação oficial, que elevou os custos de produção, conforme explica o vice-presidente da entidade, Marcio Milan.

“É importante lembrar que existe toda uma cadeia produtiva fornecedora de insumos como cacau, leite, açúcar. Também entram na conta custos de energia elétrica, mão de obra, transporte e embalagens, que impactam diretamente na fabricação do chocolate”.

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Mesmo com os produtos mais caros, a expectativa da associação em relação às vendas do feriado é boa. “O consumidor está mais cauteloso, mas sabemos que a Páscoa deste ano será marcada pelo reencontro das famílias, momento que não ocorre com tranquilidade há pelo menos dois anos. Assim, aquela tradição de preparar a ceia e de presentear com chocolate vai estar presente nos lares brasileiros”, acredita Milan.

Mais procurados

A pesquisa mostrou também que os brasileiros estão buscando alternativas mais baratas. Os bombons de chocolate, de 77 gramas até 250 gramas, foram os mais procurados pelos consumidores, representando 16,1% do volume das vendas.

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Os bombons foram seguidos pelos ovos pequenos de 186 a 251 gramas (15,4% do que foi comercializado) e pelos miniovos, coelhos e barras de chocolates com (15,3%). Outros itens como colomba pascal de frutas e de chocolate somam 13% e 12,8%, respectivamente.

"Há um consumo racional diante do aumento da inflação da cesta de alimentos. As pessoas estão buscando alternativas mais em conta em categorias de produtos que tradicionalmente estão presentes no almoço de Páscoa", diz o vice-presidente da Abras.

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Em relação à ceia de Páscoa do ano passado, o item que mais aumentou as vendas foi o ovo de chocolate, com volume 16,4% maior. Peixes em geral e o bacalhau tiveram crescimento de 15,3% e 14,8%, respectivamente. 

Supermercados tentam incentivar vendas

Diante da inflação alta e do menor poder de compra do brasileiro, supermercados têm tentado aumentar o consumo na Páscoa. Segundo a pesquisa da Abras, 80% fizeram promoções, 65% investiram em pontos extras e 34% fortaleceram as estratégias nos aplicativos de fidelização.

“Há empresas supermercadistas que optaram por oferecer ovos de chocolate de marca própria, com preços até 30% menores. Alguns tornaram os espaços das ilhas montadas na entrada ou em pontos estratégicos das lojas mais atrativos para os consumidores, além de ampliar a oferta de ovos de menor gramatura [grossura do chocolate], barras e caixas de bombons”, observa Milan.

*Estagiária do R7, sob supervisão de Marcos Rogério Lopes

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