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Como a guerra na Ucrânia pode ser cobrada na redação e vestibular?

Professores sugerem que estudantes fiquem atentos às falas e posicionamentos com grande repercussão e destaque na mídia

Educação|Alex Gonçalves, do R7*

Guerra é relevante para as provas devido à instabilidade geopolítica e impacto na economia mundial
Guerra é relevante para as provas devido à instabilidade geopolítica e impacto na economia mundial Guerra é relevante para as provas devido à instabilidade geopolítica e impacto na economia mundial

Como a guerra entre Rússia e Ucrânia pode aparecer nos vestibulares? O R7 conversou com professores que dão algumas dicas a quem busca uma vaga em uma universidade neste ano. Ficar antenado nas notícias e acompanhar lives de especialistas em geopolítica e em relações internacionais pode ajudar a compreender melhor o assunto. 

A coordenadora de geografia Fabiana Pegoraro, do Colégio Rio Branco, em São Paulo, explica que o tema é relevante devido à instabilidade geopolítica que tem gerado e possivelmente será cobrado nos processos seletivos deste ano. 

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"O conflito entre Rússia e Ucrânia pode aparecer em questões de diversas disciplinas, como geografia e história, por exemplo, como normalmente é cobrado conhecimento de atualidades", explica.

Contudo, Fabiana alerta que não é possível prever as perguntas que vão aparecer nas provas: “As questões de atualidades são muito dinâmicas, a gente não consegue definir, a nossa preocupação é preparar o aluno para que ele possa entender o assunto e saber como abordar academicamente”, esclarece.

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A coordenadora explica que os alunos devem desenvolver uma estratégia para responder às questões dissertativas e, principalmente, para as redações. “O ideal é buscar uma resposta argumentativa, se o aluno concorda ou não com a guerra, isso não será cobrado — o importante na resposta é a argumentação e o uso de dados e o contexto”, diz.

Entre os pontos que podem ser cobrados sobre a guerra, o professor de história Pedro Renno, da plataforma online de ensino Professor Ferretto, destaca que o estudante precisa compreender o fim da Guerra Fria, em 1991, com a dissolução da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). "É preciso levar em consideração quais os rumos que os países do Leste Europeu tomaram, principalmente a Ucrânia. Também é necessário compreender as origens da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e sua rivalidade com o extinto Pacto de Varsóvia e qual o impacto disso hoje", esclarece o professor.

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Fique Atento!

Fabiana Pegoraro dá as seguintes dicas aos estudantes para que eles possam dominar o assunto no momento do exame:

- Saia do comum: evite os discursos genéricos

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- Analise a questão proposta: geralmente as perguntas apresentadas sobre os conflitos querem saber sobre causa e consequências ou ambos

- Faça recortes: com a localização no tempo, o estudante deverá analisar qual momento do conflito será apresentado por ele. Por exemplo: "desde a União Europeia, ou quando a Rússia anexa a Crimeia em 2014 ou a partir do interesse da Ucrânia em entrar para a Otan", explica. "Se for um recorte espacial, o estudante precisa esclarecer a causa, as consequências e para quem — Rússia? Ucrânia? Europa? Mundo? É preciso delimitar a escala de resposta, de acordo com a pergunta."

- Saber quem são os principais envolvidos no conflito e o ponto de vista de todos eles

- Entender as consequências sociais, políticas, econômicas e ambientais em escala global

Hora da redação

Já a professora de redação do Curso Pré-Vestibular da Oficina do Estudante de Campinas (SP), Vanessa Botasso, explica que o conflito pode ser o tema principal ou que as bancas podem pedir a abordagem específica de um de seus inúmeros desdobramentos.

Segundo Vanessa, algumas das características da guerra podem até se tornar tema da redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). “Pode cair de forma direta, pedindo um posicionamento claro e crítico do candidato em relação à postura de líderes políticos ou frente às especulações acerca de uma guerra nuclear", explica. "Por outro lado, também é possível abordar desdobramentos e temas indiretos: a importância da autonomia dos países na geração de energia ou censura à imprensa e os ataques à liberdade de expressão em governos autoritários”, avalia.

*Estagiário do R7 sob supervisão de Karla Dunder

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