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Enem: o que fazer para manter a saúde mental e o equilíbrio antes da maratona de provas?

Professores explicam as desvantagens de estudar sem parar, sugerem atividades relaxantes e alertam para sintomas de esgotamento

Educação|Alex Gonçalves, do R7*

Segundo especialista, exaustão é inimiga dos bons resultados
Segundo especialista, exaustão é inimiga dos bons resultados Segundo especialista, exaustão é inimiga dos bons resultados

Na reta final para as provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o R7 entrevistou professores e psicopedagogas que alertam para as desvantagens do estudo contínuo, sem um período de respiro, e dão dicas para manter a saúde mental e o equilíbrio para a maratona de provas marcadas para os dias 13 e 20 novembro. 

Eduardo Calbucci, professor, doutor em linguística pela USP (Universidade de São Paulo), fundador e CEO do Programa Semente, explica que a aprovação no vestibular é consequência de um trabalho de longo prazo. "Como se trata de um exame em que é preciso ter aproveitamento melhor do que o dos concorrentes, existem variáveis que não estão sob o nosso controle", diz. 

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Para Calbucci, nos meses anteriores às provas, muitos pensam que devem estudar continuamente. "Esse não é um bom caminho. Equilibrar os estudos com outras atividades é igualmente importante e vale fazer exercício físico, cultivar boas relações pessoais e momentos de lazer", explica. Segundo o professor, a exaustão é inimiga dos bons resultados.

A psicopedagoga Olinda Lima Soares, do Colégio Anchieta, de Salvador, na Bahia, observa que a determinação gera muita pressão. "Cada estudante é um ser único, portanto, cada um tem seu ritmo, seu perfil e sua personalidade", explica.

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Segundo Olinda, numa perspectiva clínica, deve-se observar se o estudante apresentar sintomas como: estafa, estresse, perda da qualidade do sono, desmotivação, instabilidade emocional, desconcentração, entre outros. "Vale ressaltar que se há queixas recorrentes, já é um alerta. Ao identificar os primeiros indícios é preciso acolher, orientar e cuidar", diz.

Rosa Maria Cardoso, psicopedagoga e coordenadora do Colégio Universitário de Londrina, no Paraná, complementa: "O descanso tem de fazer parte do dia a dia. Exaustão é o limite e, quando a pessoa chega a esse limite, pode adoecer", diz.

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Para ela, sintomas como dores de cabeça ou de estômago e até desmaio "podem aparecer pelo sentimento de culpa, perfeccionismo ou o medo de não passar em uma universidade."

Segundo Cardoso, é importante saber identificar qual o perfil e em que fase o estudante está. E ela faz uma analogia com os sete anões:

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- Atchim: somatiza e fica doente;

- Dengoso: é o aluno que está frágil e precisa constantemente de cuidados. Geralmente, tem baixa autoestima e tudo é pretexto para querer abandonar os estudos;

- Dunga: é disperso, perde a atenção e o foco nos estudos. A simbologia das orelhas grandes é daquele que presta mais atenção em outras coisas do que nele, com as novidades, as festas e até a vida dos outros;

- Feliz: para este aluno a prova ainda está distante, o importante é a festa de sábado. Deixa tudo para depois. Despreza a organização do estudo. O que importa é ser feliz no momento;

- Mestre: tenta ser o professor do professor, controla os outros colegas e critica o andamento das aulas;

- Soneca: é aquele aluno que sempre está dormindo, mas como um mecanismo de defesa, uma fuga;

- Zangado: está sempre irritado e joga essa irritabilidade para os outros colegas, professores e família.

*Estagiário do R7 sob supervisão de Karla Dunder

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