Esquenta Enem Cruzeiro do Sul Virtual Redação Interativa: O desafio do acesso aos bens culturais por parte da periferia

Redação Interativa: O desafio do acesso aos bens culturais por parte da periferia

Correção gratuita com professores especialistas do Enem

O desafio do acesso aos bens culturais por parte da periferia

O desafio do acesso aos bens culturais por parte da periferia

Arte R7

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema O DESAFIO DO ACESSO AOS BENS CULTURAIS POR PARTE DA PERIFERIA apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
• Tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
• Fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
• Apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

REDAÇÃO TEXTO 1:

Cultura é área mais prejudicada pela falta de investimentos públicos na capital paulistaPesquisa da Rede Nossa São Paulo aponta ainda que a maior parte dos poucos recursos é direcionada às regiões centrais, enquanto muitos distritos periféricos não têm equipamentos culturais.

São  Paulo – Conhecida  como  um  dos  principais  polos  culturais  do  Brasil,  a  cidade  de  São  Paulo  não oferece  amplo  acesso  a essa  área  para  toda  sua  população,  como  revela o  Mapa  da  Desigualdade,  divulgado recentemente  pela  Rede  Nossa  São Paulo.  De  acordo  com o estudo,  a  cultura  é  a  área  mais  prejudicada  pela falta  de  investimentos  públicos,  sendo  que  estes  baixos  recursos  são  alocados  principalmente  em  regiões centrais. Segundo a pesquisa, dos 93 distritos, 60 não possuem museus, 54 não dispõem de  cinemas e  53 não têm  sequer  um  centro  cultural  ou  espaço  de  cultura  para  a  comunidade.  Entre  os  locais  mais carentes  nessa área, o de Campo Belo, na zona sul, é o que aparece mais vezes como pior distrito por ser o último colocado em 15 indicadores, já que  não possui nenhum centro cultural, casa e  espaço de cultura, cinema, museu, teatro e equipamento culturais públicos.

À repórter Beatriz Drague Ramos, da Rádio Brasil Atual, o gestor de projetos da Rede Nossa São Paulo, América  Sampaio,aponta  um  agravante  na  questão do  acesso  à  cultura  sob  as  administrações  de  João Dória (PSDB)  e  Bruno  Covas  (PSDB),  com  a  desconstrução  de  políticas  culturais  que  haviam  sido  implantadas  na periferia. “Quando você não democratiza a cultura e concentra aspolíticas culturais para apenas um setor da elite da sociedade, na prática, o que está dizendo é que não quer levar para o conjunto da sociedade, em especial para os trabalhadores, mecanismos de análise crítica da realidade”, analisa Américo.

Disponível em: https://www.redebrasilatual.com.br/cultura/2018/12/cultura-e-area-mais-prejudicada-pela-falta-de-investimentos-publicos/

REDAÇÃO TEXTO 2:

Pesquisa do IBGE mostra como é desigual o acesso à cultura e ao lazerSegundo o relatório, 44% dos pretos e pardos vivem em cidades sem cinemas, contra 34% da população branca; 37%, em cidades sem museus contra 25% dos brancos.Um relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou as desigualdades de acesso à cultura no país.

Da Avenida Paulista, com seus oito museus e centros culturais, seis conjuntos de cinemas e quatro teatros,  são  quase 20  quilômetros  até  o  bairro  Valo  Velho,  nos  limites  da  cidade. O  endereço  de  uma escola de desenho que, para alguns jovens, é bem mais do que isso. É oportunidade.“Isso aqui  para mim  é  minha  vida.  Eu  desenho  desde  pequenininho  e  sempre  procurei  um curso,  um lugar que eu podia aperfeiçoar isso. É isso que eu quero para o meu futuro”, contou João Gabriel dos Santos, de 15 anos.

A escola é particular, mas bem mais barata do que os cursos na região central da cidade, criada por um professor que se cansou das dificuldades do ensino público, onde trabalhou como voluntário. Ele deu chance a pessoas como Jackson Pereira, que foi aluno e hoje também é professor. “Eu sou ilustrador, faço caricatura em evento, então eu só me expandi nessa parte artística, me profissionalizei”, contou.

O  relatório  do IBGE mostra que,  de  2014 a 2018, o percentual de  trabalhadores  na área cultural com carteira assinada caiu de 45% para 34%, e a informalidade cresceu praticamente na mesma medida.Os dados mostram que o total dos valores investidos em cultura até cresce ao longo dos anos, mas abaixo dos índices de inflação.  Pior:  ao  mesmo  tempo  a  participação do  setor  dentro  dos  orçamentos  públicos  diminui.  A  pesquisa também revela quem são os maiores prejudicados com isso. “A população de baixa renda, população jovem, pessoas negras, de uma forma geral pessoas que residem em locais menos privilegiados”, disse Jefferson Mariano, analista socioeconômico do IBGE.Na definição usada pelo IBGE, 44% dos pretos e pardos vivem em cidades sem cinemas, contra 34% da população branca; 37%, em cidades sem museus, contra 25% dos brancos. Em cidades sem nenhum teatro ou sala de espetáculo, a diferença é a mesma.

E mais de um terço das crianças e adolescentes até 14 anos também não têm acesso a esse tipo de lazer cultural. Organizadora de uma versão popular das grandes feiras da chamada cultura geek, jovem, digital, a PerifaCon, Luíze Tavares diz que há uma visão distorcida do jovem da periferia.“A periferia não é entendida como um centro de cultura quando a gente fala de investimento. Em geral, cursos ou até acesso à educação que você tem na periferia são focados em trabalhos manuais, operacionais e nunca artísticos”, disse.

A diretora e representante da Unesco no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto, diz que, além de fundamental para o desenvolvimento de crianças e jovens, a cultura é importante para toda a sociedade. “O Brasil poderia investir mais, sim na cultura, e também contribuir para melhorar o acesso, reduzindo a desigualdade”, explicou.

Disponível em: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2019/12/10/pesquisa-do-ibge-mostra-como-e-desigual-o-acesso-a-cultura-e-ao-lazer.ghtml

REDAÇÃO TEXTO 3:

A falta de acesso à cultura na sociedade brasileira

O Brasil é admirado por sua diversidade cultural e produção artística. No entanto, o que é produzido em solo  nacional  é  inacessível  para  uma  grande  parcela  da  população,  segundo  o  IBGE  (2010),  as  regiões metropolitanas concentram 41% de todo consumo cultural. Em outras palavras, existe um descompasso entre a oferta dos produtos artísticos e o acesso a eles.Um dos maiores impasses enfrentados pelos brasileiros no acesso à cultura é a distribuição desigual do patrimônio artístico. Por exemplo, segundo o estudo realizado pelo o IPHAN (2010), enquanto 70% das cidades do Estado do Rio Janeiro declaram possuir exposições de artes plásticas, 72,3% dos municípios brasileiros não apresentam nenhum tipo de exibição. Ou seja, o acesso à cultura pode ser limitado pela concentração da oferta.Por  outro  lado,  a  pesquisa  realizada  pelo  Ministério  da  Cultura  em  2013  demonstrou  que  75%  dos brasileiros ou não frequentam ou nunca foram a um museu.

Entre osdiversos motivos, destaca-se que muitos dos entrevistados afirmam não se  sentir pertencentes à expressão cultural oferecida por eles. Deste  modo, a inclusão  cultural  depende  não  só  da  formação  de  um  público  consumidor,  mas  também  da  redefinição  dos valores enraizados.Desta forma, a desigualdade cultural pode ser causada tanto pela repartição assimétrica do patrimônio, quanto pela carência de um público. Portanto, as ações governamentais devem não somente ampliar a oferta de  eventos  e  espaços  voltados  para  atividades  culturais,  mas  também  aumentar  os  estímulos  para  que  os cidadãos os frequentem. Por exemplo, nos Estados, as secretarias da Cultura, em parceira com a mídia local, são capazes  de  fomentar  campanhas  de  sensibilização  para  a  adesão  ao  Vale-Cultura —programa  de  benefício concedido aos trabalhadores, e sua família, para custear serviços culturais, tais como idas aos museus.

Disponível em: https://medium.com/@leandrogomes/a-falta-de-acesso-%C3%A0-cultura-na-sociedade-brasileira-b16e81ddf09

Últimas