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Feira de intercâmbio em SP surpreende pais de adolescentes: "esperava que estudar nos EUA fosse mais caro"

14º edição da Feira EducationUSA reuniu representantes de mais de 40 universidades

Educação|Do R7*

Feira teve como objetivo colocar os alunos brasileiros em contato com as instituições de ensino
Feira teve como objetivo colocar os alunos brasileiros em contato com as instituições de ensino Feira teve como objetivo colocar os alunos brasileiros em contato com as instituições de ensino

Nesta segunda-feira (26), o hotel Intercontinental, localizado no centro da cidade de São Paulo, recebeu dezenas de secundaristas interessados em estudar em universidades norte-americanas. Vestidos com uniformes de colégios tradicionais da cidade de São Paulo, como o Dante Alighieri, eles contrastavam com alguns homens e mulheres mais velhos a procura, em sua maioria, de cursos de MBA profissional, mestrado e doutorado nos Estados Unidos.

A 14º edição da Feira EducationUSA reuniu representantes de mais de 40 universidades norte-americanas de diversos segmentos, e teve como objetivo colocar os alunos brasileiros em contato com as instituições de ensino e oferecer apoio e direcionamento para os estudantes interessados em estudar nos Estados Unidos.

A administradora Elizabeth Abdalla visitou a feira com sua filha Beatriz, de 14 anos. A jovem, que está concluindo o último ano do ensino fundamental, diz ter gostado das universidades norte-americanas, e sonha um dia estudar no país. Já a mãe diz ter se surpreendido com os valores, que ela considerou “razoáveis”.

— Esperava que fosse mais caro.

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Com o objetivo de procurar universidades que ofereçam o curso de engenharia mecatrônica, o estudante Bruno, de 15 anos, diz ter se interessado pelas universidades de Southern California e Bellevue College durante a feira.

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Já seu pai, o analista de sistemas Luiz Ramalho, afirmou que pretendia mandar o filho para estudar no tradicional MIT (Massachussets Institute of Tecnology), mas encontrou opções mais em conta ao caminhar pelo evento.

— No MIT, é 65 mil dólares ao ano, só o curso. Aqui encontramos opções por 34 mil dólares, já com os custos de residência, transporte e acomodação.

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Oportunidade

Dentre as universidades de renome presentes no evento, uma das que ofereciam as opções mais atraentes para o estudante brasileiro é a USC (University of Southern California). Diretor da Universidade no Brasil, Paulo Rodrigues afirma que a Faculdade de Administração da USC reservou três bolsas parciais de até R$ 45 mil dólares para executivos brasileiros interessados em cursar um MBA intensivo de um ano no campus de Los Angeles.

— O perfil das vagas é de executivos que tenham entre 6 e 10 anos de experiência profissional e estejam em um momento de transição na carreira.

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Além do MBA, as faculdades de engenharia e administração colocaram o Brasil na lista de países prioritários para concessão de bolsas — que, segundo Rodrigues, podem chegar a até 50% do valor total dos custos.

Acesso

Apesar da qualidade do ensino e das oportunidades de bolsa, os estudantes de colégios públicos entrevistados pelo R7 durante a feira ainda consideram distante o sonho de estudar nos Estados Unidos. A média das bolsas que os representantes dos estandes visitados pela reportagem afirmaram disponibilizar foi de até 40% para cursos de graduação — cursos de extensão e de inglês não ofereciam descontos. 

Os secundaristas Pedro, 16, Caroline, de 15, e Jaqueline, de 16, afirmam que o processo longo de seleção para admissão nas universidades norte-americanas — que costuma durar pelo menos seis meses desde a entrega dos documentos até o início do curso — pode desanimar os estudantes brasileiros.

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Jaqueline avalia que poucas universidades americanas oferecem bolsas, e o preço da anuidade “é bem salgado”. Ainda assim, ela afirma ter esperança de fazer intercâmbio no futuro, e diz preferir as universidades localizadas no interior dos Estados Unidos.

Morador de Cotia, cidade do interior de São Paulo, o jovem Mateus, de 16 anos, visitou a feira da EducationUSA a procura de uma bolsa de estudos por esporte. Estudante do colégio público Carlos Ferreira, ele avalia que as universidades norte-americanas ainda são pouco acessíveis aos jovens de baixa renda.

— O preço é muito alto, poucos alunos de escola pública conseguiriam pagar isso.

* Por Luis Felipe Segura

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