A polêmica em torno das inscrições do Sisu (Sistema de Seleção Unificado) ganhou neste sábado (25) novo contorno. A AGU (Advocacia-Geral da União) confirmou que recorreu da decisão da Justiça Federal que impede a divulgação dos resultados do processo, prevista para a próxima terça-feira (28).
A suspensão de segurança, com o objetivo de anular a decisão judicial, foi ajuizada no TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), em São Paulo, e não há prazo para ser julgada. Mas a AGU solicitou urgência.
No pedido, a AGU alega que qualquer mudança ou suspensão de prazos no Sisu pode causar prejuízos incalculáveis às instituições de ensino e aos candidatos. Além disso, o órgão afirma que todas as provas dos 3,9 milhões de estudantes foram revisadas e que o problema atingiu apenas 0,15% dos exames.
Entenda a decisão que barrou a divulgação dos resultados do Sisu
Depois que o Ministério da Educação reconheceu, no dia seguinte ao resultado do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que houve erro na correção das provas, vinte e quatro ações relacionadas aos exame foram protocoladas.
A ação movida pela Defensoria Pública da União e acatada pela Justiça Federal de São Paulo, cobra que o Ministério da Educação comprove que revisou as provas do Enem que tiveram inconsistência. E exige uma explicação sobre os parâmetros utilizados na correção.
Além disso, nessa sexta-feira (24), o Ministério Público Federal pediu a suspensão dos calendários do Sisu, que utiliza as notas do Enem para ingresso dos estudantes nas universidades públicas; do Fies, que possibilita o financiamento estudantil para cursos pagos e do PROUNI, que oferece bolsas de estudo em universidades particulares.
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O Ministério Público quer que o Inep, responsável pela aplicação das provas, faça uma nova conferência dos gabaritos. E pede, ainda, uma auditoria no resultado do exame.
As inscrições para o Sisu terminam às 23h59 deste domingo (26). No primeiro semestre, serão ofertadas pouco mais de 237 mil vagas em 128 instituições de ensino em todo o país.