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Ideb 2021: ensino piora no país sob impacto da pandemia

Inep divulga índice que mede a qualidade da educação básica do país; na última edição, houve menor participação de estudantes, o que interferiu no resultado

Educação|Karla Dunder, do R7

Pandemia impactou diretamente a aprendizagem e a qualidade da educação básica
Pandemia impactou diretamente a aprendizagem e a qualidade da educação básica Pandemia impactou diretamente a aprendizagem e a qualidade da educação básica

Na manhã desta sexta-feira (16), o MEC (Ministério da Educação) divulgou o resultado do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) e do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), que medem o desempenho dos estudantes e a qualidade da educação básica brasileira.

Os dados divulgados pelo MEC mostram uma queda no aprendizado de língua portuguesa e matemática em todas as séries; no entanto, em comparação aos dados de 2019, houve pouca variação no aprendizado dessas matérias. Vale destacar que o número de alunos que participaram da prova foi menor do que o de edições anteriores, o que interferiu diretamente no resultado.

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Chama a atenção o nível de alfabetização dos estudantes do 2º ano do ensino fundamental: o número de alunos que não conseguem escrever adequadamente ao que é esperado pela idade nem têm condições de compreender aquilo que leem aumentou em 24,5 pontos em comparação a 2019.

Já a proficiência em matemática entre alunos do 5º ano do ensino fundamental caiu para índices próximos aos de 2013 — uma queda de 11 pontos se comparado ao resultado de 2019. 

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Notas do ensino médio tiveram uma pequena variação, o que pode estar associado ao menor número de estudantes participantes das provas. 

Como observou o ministro da Educação, Victor Godoy, na apresentação, os dados podem estar comprometidos pela pandemia e não podem ser comparados com os números das edições anteriores. Medidas adotadas por algumas redes, como a aprovação automática para compensar o período sem aulas em 2020 e a alta abstenção na realização da prova, podem ter impactado o resultado.

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Em nota, antes da divulgação dos dados, o Todos pela Educação já alertou: "Taxas de participação baixas podem significar uma seleção dos estudantes avaliados, ainda que feita de forma não intencional, pelas Secretarias de Educação e escolas. Por exemplo, é razoável supor que os alunos que não estavam presentes nos dias de prova, em novembro e dezembro de 2021, são aqueles de menor nível socioeconômico, que estavam acompanhando menos as atividades escolares ou já haviam abandonado os estudos".

Em 2021, ainda no cenário da pandemia de Covid-19, 92% das escolas adotaram o ensino híbrido, e 72,3% delas também se adaptaram e reorganizaram o currículo escolar, e priorizaram habilidades e conteúdos.

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IDEB

Principal índice de pesquisa da qualidade da educação, o Ideb varia numa escala de 0 a 10 e é resultado do Saeb, uma avaliação em larga escala que oferece subsídios para a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de políticas educacionais. Por meio de testes e questionários, a avaliação reflete os níveis de aprendizagem demonstrados pelo conjunto de estudantes que participam. Esses níveis são descritos em escalas de proficiência para cada uma das áreas e etapas estudadas.

Foram avaliados estudantes de escolas públicas de 5º e 9º ano do ensino fundamental e dos últimos anos do ensino médio em língua portuguesa e matemática. Os alunos do 9º ano também foram analisados nas áreas de ciências humanas e ciências da natureza. As provas foram aplicadas em amostras. 

O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) informou que aproximadamente 72 mil escolas públicas e privadas participaram das provas, com mais de 246 mil turmas participantes e aproximadamente 5,3 milhões de estudantes presentes.

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