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Zema afirma que deve adotar "medidas impopulares" em Minas

Governador eleito disse durante coletiva, após vencer a eleição, que o foco principal será "acertar as contas públicas do Estado"

Eleições 2018|Paulo Henrique Lobato, Do R7

Zema se transformou na principal liderança do Novo
Zema se transformou na principal liderança do Novo Zema se transformou na principal liderança do Novo

Eleito governador de Minas Gerais no dia em que completou 54 anos de idade, Romeu Zema (Novo) disse neste domingo (28) que seu "grande foco será acertar as contas públicas" do Estado, mas advertiu que medidas impopulares poderão ser adotadas, "em algum momento", como forma de equalizar as finanças.

O empresário que, a partir de 1º de janeiro de 2019, será o primeiro filiado do Novo a administrar um Estado, pediu união dos mineiros:

— Queria dizer que deixo, neste momento, (de ser) o candidato de muitos para me transformar no governador de todos. Vou estar representando todos os mineiros, não vou privilegiar ninguém, quero estar olhando o melhor para o Estado. Meu grande foco será acertar as contas públicas. (...) Sobre as medidas que vamos ter de adotar, com toda certeza, em algum momento, serão impopulares.

"Vou gastar pouco e fazer muito", diz Zema.

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Zema irá assumir um Estado com déficit financeiro. Seu maior desafio será encerrar a necessidade de escalonamento do salário de boa parte dos servidores.

Zema levou camisa durante discurso
Zema levou camisa durante discurso Zema levou camisa durante discurso

O empresário aproveitou o primeiro discurso como governador eleito para reforçar uma das promessas de sua campanha: transparência com o erário e redução no número de cargos comissionados.

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— Nós vamos ter um corte muito grande nos cargos de indicação política. Nós achamos eles dispensáveis. Devemos ficar somente com pessoas técnicas. Isso vai começar assim que assumirmos. O secretariado ainda não temos nenhum nome definido. Mas, a partir de amanhã, vai ter uma equipe que vai estar tratando desses nomes. Um ponto importante é que eu quero ter o governo mais transparente que Minas teve. Cada cafezinho que eu gastar com o dinheiro com o Estado eu quero que esteja lançado para o povo saber aquilo que estou gastando. Não quero esconder nada. Quero chegar no final do ano e falar "o governador gastou tanto", (sendo) todos os centavos discriminados. Isso porque uma coisa que eu sei é o quanto que é difícil pagar impostos e quero que o mineiro seja respeitado neste ponto. Todo servidor público terá que prestar conta de cada centavo que gasta também porque é dinheiro do povo que precisa ser considerado. Nesse ponto eu vou ser bem intransigente. O que for gasto, que seja muito bem gasto.

João Doria (PSDB) é eleito governador de São Paulo

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Wilson Witzel (PSC) é eleito governador do Rio de Janeiro

Zema fez um aceno à Assembleia Legislativa, dizendo que dependerá do apoio dos deputados para governar. Por isso, assegurou que irá escutar o Legislativo, mas afirmou, como fez diversas vezes durante a campanha, que não aceitará o chamado balcão de negócios:

— Vou depender muito do apoio da Assembleia, dos deputados. Vou estar dialogando sempre, mas não quero que isso continue sendo, como muitas vezes foi, um balcão de negócios: alguém votando a favor dos mineiros somente porque terá um benefício pessoal. Quero uma Assembleia que trabalhe ao meu lado, que vote conscientemente e que vote a favor dos mineiros. Estou aqui para representá-los e a Assembleia também precisa estar. Sempre fui uma pessoa extremamente acessível, aberta ao diálogo, humilde. (...) Vou fazer um governo escutando as pessoas, escutando a Assembleia, escutando o Judiciário. Não me considero dono da verdade, nem super-heroi, nem o salvador da pátria. Mas acredito muito num trabalho disciplinado e consistente.

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