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Abbas diz que Palestina não aceitará plano de paz proposto por Trump

Proposta feita pelo presidente dos EUA foi elaborada sem qualquer consulta às autoridades da Palestina e deverá ser rejeitada

Internacional|Da EFE

Mahmoud Abbas disse que os palestinos não aceitarão o plano de Trump
Mahmoud Abbas disse que os palestinos não aceitarão o plano de Trump Mahmoud Abbas disse que os palestinos não aceitarão o plano de Trump

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, afirmou nesta terça-feira que não aceitará o plano de paz para o Oriente Médio apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

"Rejeitamos este acordo desde o início. Nossa posição era correta quando nos negamos a esperar. Não cederemos", disse Abbas depois de uma reunião de urgência com lideranças de outros grupos palestinos em Ramala.

Proposta sem diálogo

A proposta apresentada hoje por Trump foi elaborada sem diálogo com os palestinos, que desistiram de qualquer negociação que tivesse a Casa Branca como mediadora em dezembro de 2017, quando o governo dos EUA reconheceu Jerusalém como a capital de Israel.

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O plano propõe a anexação por parte de Israel de uma grande área da Cisjordânia ocupada, o reconhecimento de dois Estados na região, algo sem precedentes para diplomacia americana, e Jerusalém como "capital indivisível" israelense, o que contraria os palestinos.

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Os grupos palestinos, contudo, poderiam estabelecer a capital do novo Estado que seria criado nos arredores de Jerusalém Oriental, a quase 11 quilômetros do centro, e batizá-la de "Al Quds" (o nome em árabe da cidade).

Abbas chamou o plano de Trump de "tapa do século", uma ironia com "acordo do século", termo usado pelo presidente americano para batizar a proposta.

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"Trump e (Benjamin) Netanyahu (primeiro-ministro de Israel) declararam o tapa do século, não o acordo. E nós vamos responder com tapas", afirmou Abbas, sem dar detalhes de como seria a resposta dos palestinos à proposta.

Reconciliação e eleições

Além disso, o presidente da ANP disse que o acordo de Trump é uma oportunidade para que os grupos palestinos se reconciliem e realizem eleições em Gaza e na Cisjordânia.

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Prova disso foi a presença de membros da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), do Hamas e da Jihad Islâmica no discurso de Abbas, realizado em Ramala.

No pronunciamento, o líder da ANP disse que conversou com o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, e que os dois concordaram em se manter unidos contra o plano de Trump.

"Agora que escutamos essas bobagens, dizemos mil vezes não (ao acordo)", afirmou Abbas.

As lideranças palestinas já haviam adiantado que recusariam qualquer proposta apresentada pelos Estados Unidos. Para Abbas, o plano de Trump foi feito "de acordo com a política estabelecida por Israel".

"Nenhuma criança palestina, muçulmana ou cristã, irá aceitar tal coisa", frisou Abbas no discurso.

Protesto em Gaza

Milhares de pessoas protestaram nesta terça-feira na Faixa de Gaza contra o chamado "Acordo do Século", antes de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentar o conteúdo deste plano de paz com Israel, que já vinha sendo rechaçado pelos palestinos.

Líderes de todas as facções palestinas e manifestantes percorreram as ruas da Cidade de Gaza e queimaram bandeiras israelenses e dos EUA, além de um boneco de Trump.

Já na barreira divisória entre Israel e o território de Gaza houve confrontos isolados entre manifestantes e soldados israelenses perto de postos militares na Cisjordânia ocupada.

Amanhã, a Faixa de Gaza, governada de fato pelo movimento islamita Hamas e que está sob bloqueio israelense desde 2007, será palco de novas manifestações contra o acordo, convocadas pelos mesmos grupos que organizaram as de hoje.

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