Kaíke Luan Ribeiro, de 18 anos, brasileiro acusado de ter ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico, deve ficar um ano em prisão preventiva até ser julgado na Espanha.
A informação é do promotor-chefe da Audiência Nacional da Espanha, Javier Zaragoza, em entrevista à Folha de S.Paulo.
Ribeiro foi detido em dezembro de 2014, na fronteira da Bulgária com a Turquia, com mais dois amigos marroquinos, sob suspeita de estar a caminho da Síria para se unir ao EI.
Filho de brasileiro é condenado a prisão na Bélgica
Filho de brasilera é condenado por terrorismo na Bélgica
Na época, em entrevista do jornal búlgaro Dneven Trud, Ribeiro disse que estava em uma viagem de férias à Grécia e Istambul, e que ele e seus companheiros voltariam para a Espanha. “Não tenho ligações com islamistas, e estou preocupado por ser considerado um terrorista”.
O jovem, nascido em Formosa, cidade próxima da capital goiana, vive há mais de sete anos em Monistrol de Montserrat, município da província de Barcelona, e se converteu ao islamismo.
Kaíke e seus amigos marroquinos eram investigados desde junho de 2014, pela Mossos d’Esquadra, polícia autônoma da Catalunha. O goiano teria feito contato com membros do grupo radical via e-mails.
Detido em dezembro na Bulgária, o jovem foi extraditado para a Espanha em janeiro, onde aguarda julgamento. Se for condenado por associação ao EI, o brasileiro pode pegar até 12 anos de prisão.
Na Bélgica
Em fevereiro, Brian De Mulder, jovem de 21 anos, nascido na Bélgica e filho da brasileira Ozana Rodrigues, foi condenado a cinco anos de prisão, à revelia, por ligação com terrorismo.