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África do Sul condena reação de países após detecção de variante

Segundo o ministro da Saúde, Joe Phaahla, a cepa Ômicron é um problema mundial e todos devem se unir para enfrentá-la

Internacional|Do R7

Sul-africanos enfrentam sanções com a descoberta da variante Ômicron
Sul-africanos enfrentam sanções com a descoberta da variante Ômicron Sul-africanos enfrentam sanções com a descoberta da variante Ômicron

O ministro da Saúde da África do Sul, Joe Phaahla, criticou nesta sexta-feira (26) a resposta internacional à detecção de uma variante do novo coronavírus no país, com restrições às nações do sul africano, apesar de ainda existirem poucas informações científicas sobre a cepa.

Em entrevista coletiva concedida de maneira virtual, como forma de precaução contra a propagação da Covid-19, o integrante do governo admitiu que o medo e a preocupação são "esperados", mas que "parte da reação é injustificada".

"Eu me refiro aqui, especificamente, à reação dos países da Europa, o Reino Unido e outros", afirmou Phaahla. "Sentimos que é o enfoque incorreto, na direção equivocada, que vai contra as normas aconselhadas pela OMS [Organização Mundial da Saúde]. Achamos que os líderes de alguns países estão encontrando bodes expiatórios para lidar com aquilo que é um problema mundial", completou.

O ministro lembrou que as pesquisas sobre a cepa estão em fase ainda muito preliminar, já que a detecção foi anunciada com bastante rapidez nesta semana, além de não existirem provas de que a variante é mais grave ou transmissível.

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Apesar disso, a África do Sul teve um aumento no número de casos que coincide com o da data da coleta da amostra em que foi identificada a variante. Segundo Phaahla, a onda de proibições de viagens e de restrições é uma resposta "instintiva" e "draconiana". Ele considerou irônico que o país seja alvo de duras medidas enquanto tem cerca de 2,5 mil casos de infecção por dia, ao passo que outras nações europeias chegam a registrar aproximadamente 50 mil.

"Devemos trabalhar juntos, em vez de castigarmos uns aos outros", afirmou. O pesquisador brasileiro Tulio de Oliveira, diretor da Plataforma de Inovação em Pesquisa e Sequenciamento de KwaZulu-Natal, fez um alerta de que as drásticas reações podem dissuadir outros países de compartilhar informações rápidas, por medo.

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