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Anistia: Tribunal Penal precisa investigar 'repressão' na Venezuela

Organização pede que a Justiça internacional apure, com rigor, as violações de direitos humanos no país comandado por Maduro

Internacional|

Procurador do Tribunal Penal, Karim Khan (à esquerda) vai investigar violações na Venezuela
Procurador do Tribunal Penal, Karim Khan (à esquerda) vai investigar violações na Venezuela Procurador do Tribunal Penal, Karim Khan (à esquerda) vai investigar violações na Venezuela

A diretora da AI (Anistia Internacional) na América, Erika Guevara Rosas, afirmou nesta quinta-feira (4) que o TPI (Tribunal Penal Internacional) precisa investigar os atos de "repressão e controle" praticados na Venezuela.

"Para ser eficaz, o TPI deve começar o mais rapidamente possível, e precisa investigar imparcialmente os atos dos maiores responsáveis pela política sistemática de repressão e controle social na Venezuela, desde pelo menos 2014, como a Missão de Determinação dos Fatos das Nações Unidas frisou nos relatórios de setembro de 2020 e setembro de 2021", disse a AI em comunicado.

A organização insistiu para que o procurador do TPI, Karim Khan, ouça as vítimas que "ainda não viram justiça" e reconheça que a intervenção do seu gabinete é "urgente" para assegurar que "crimes contra a humanidade na Venezuela" sejam investigados com rapidez e eficácia.

Guevara Rosas declarou que, embora o princípio da complementaridade inste o procurador do TPI a solicitar às autoridades investigações independentes e imparciais, não devem ser considerados apenas os procedimentos estatais "a qualquer custo".

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"Em particular, quando os Estados não estão realmente dispostos ou não são capazes de investigar e processar crimes com base no direito internacional, incluindo os de mais alto nível ou os dos maiores responsáveis", acrescentou.

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A diretora também declarou que a abordagem de Khan deve assegurar que os direitos das vítimas e dos sobreviventes de violações dos direitos humanos no país sejam respeitados e cumpridos pelo Tribunal e na Venezuela.

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"É primordial que os defensores dos direitos humanos que tenham procurado justiça perante o TPI sejam protegidos contra quaisquer represálias", enfatizou. Na quarta-feira, Khan anunciou que abrirá formalmente uma investigação sobre supostos crimes contra a humanidade na Venezuela, mas disse que até o momento "não foram identificados suspeitos ou alvos".

O anúncio foi feito após uma visita de três dias à Venezuela pelo procurador do TPI, que falou com a imprensa ao lado do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para assinar um memorando com a explicação de que a entidade comandada por ele "concluiu a análise preliminar da situação na Venezuela".

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"[A Procuradoria] determinou que é apropriado abrir uma investigação para estabelecer a verdade em conformidade com o Estatuto de Roma", sublinhou.

O caso remonta a 2018, quando a Procuradoria do TPI iniciou uma investigação sobre a suposta prática de crimes contra a humanidade, pelo menos desde abril de 2017, durante manifestações, e de maus-tratos em opositores em algumas prisões. 

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