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Biden abandona promessa de aumentar admissão de refugiados

Presidente dos EUA tinha prometido ampliar cota de 15 mil para 60 mil pessoas por ano e com o objetivo de chegar a 120 mil

Internacional|Da AFP

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden
Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, manterá a quantidade de refugiados admitidos no país na cota historicamente baixa de 15 mil pessoas por ano, quebrando a promessa de aumentar o número de acolhidos, indicou nesta sexta-feira (16) um funcionário do alto escalão do governo.

Biden havia prometido aumentar a cota, para receber até 60 mil pessoas, com o compromisso de dobrar esse número no ano seguinte, dentro de uma estratégia para romper com a retórica de seu antecessor, Donald Trump, contra a imigração. Mas em vez desse avanço, a Casa Branca irá manter as admissões em seu mínimo, devido à necessidade de "reformular" o programa e enfrentar as complicações da pandemia, acrescentou o funcionário, que não quis ser identificado.

A fonte não especificou quando as portas serão abertas para mais refugiados, mas indicou que não será em breve. A cota afeta apenas as pessoas selecionadas pelas agências de segurança e inteligência dos Estados Unidos nos acampamentos da ONU no mundo para serem alojadas no país, principalmente idosos, viúvas e portadores de deficiência. Os imigrantes que solicitam refúgio na fronteira passam por outro trâmite.

O sistema de admissões herdado de Trump "estava ainda mais dizimado do que pensávamos, o que requer uma reformulação maior se quisermos reconstruí-lo para chegar aos números com os quais nos comprometemos", explicou a fonte. "Essa reconstrução está em andamento, e irá nos permitir sustentar um aumento do número de admissões nos próximos anos."

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O presidente da Comissão das Relações Exteriores do Senado, o democrata Bob Menéndez, criticou que a Casa Branca "não só tenha dificultado o número de refugiados permitidos a entrar no país, mas também impedido que o Departamento de Estado admita pessoas aprovadas que aguardam". Menéndez descreveu o número de 15.000 como "assustadoramente baixo".

"No momento em que enfrentamos a maior crise de refugiados da história, com 29,6 milhões de refugiados em todo o mundo, a realocação é uma ferramenta que entrega proteção às pessoas que fogem da perseguição", acrescentou.

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Menéndez não foi a única voz entre os democratas a criticar a decisão. A deputada Ilhan Omar, que chegou aos Estados Unidos ainda criança, como refugiada da Somália, classificou a política de "vergonhosa". "Como refugiada, sei que encontrar um lar é uma questão de vida ou morte para muitas crianças de todo o mundo."

A LIRS, uma das principais organizações que ajudam os refugiados nos Estados Unidos, informou que apenas 2 mil deles foram admitidos no país no atual ano fiscal. Krish O'Mara Vignarajah, que dirige o Serviço Luterano de Imigração e Refugiados, declarou que a notícia é "profundamente decepcionante, já que o governo escolheu manter o mínimo vergonhoso imposto por seu antecessor. Há muito trabalho pela frente para recuperar uma liderança global."

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