O grupo radical islâmico Boko Haram libertou dezenas de estudantes nigerianas sequestradas na cidade de Dapchi há pouco mais de um mês. Segundo relatos das meninas libertadas, cinco de suas amigas morreram em cativeiro e outra ainda estaria sendo mantida refém.
Os combatentes do Boko Haram, alguns gritando "Deus é Maior", levaram as meninas de volta à cidade de Dapchi em uma fila de caminhões, as deixaram e saíram, disseram testemunhas à Reuters.
"Cinco entre nós estão mortas. Uma ainda está com eles porque é cristã", disse à Reuters Khadija Grema, uma das estudantes libertadas.
O morador Muhammad Bursari disse que sua sobrinha Hadiza Muhammed, uma das estudantes libertadas, contou que uma menina ainda está sendo mantida em cativeiro porque se recusou a se converter ao islamismo.
Testemunhas disseram que mais de 100 das 110 meninas sequestradas em Dapchi no dia 19 de fevereiro foram devolvidas, embora o governo tenha emitido um comunicado afirmando que 76 meninas foram libertadas em um "processo em andamento".
A Nigéria garantiu a libertação "por meio de esforços de bastidores e com a ajuda de alguns amigos do país", disse o ministro de Informação nigeriano, Lai Mohammed, em comunicado, sem fornecer mais detalhes.
"Para a libertação funcionar, o governo tinha um claro entendimento de que violência e confronto não seriam a saída, uma vez que poderiam colocar em risco as vidas das meninas, por isso uma abordagem não violenta foi a opção escolhida", disse.