As medidas para controlar o coronavírus estão ficando mais duras na Bolívia, após os episódios de não cumprimento da quarentena, que levaram o governo interino a declarar emergência sanitária na quarta-feira (25), depois que o número de casos confirmados no país subiu para 38.
"É muito grave", alertou a presidente interina, Jeanine Áñez, comentando os problemas para cumprimento do isolamento social, em vigor desde o último domingo.
Áñez se dirigiu à nação acompanhada por seu gabinete no palácio do governo em La Paz para enfatizar que o não cumprimento da quarentena aumentava o risco de contágio no país.
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Por essa razão, o Executivo definiu a declaração do estado de emergência sanitária, que estará em vigor a partir da meia-noite desta quinta-feira (local, 1h em Brasília) e valerá pelo menos até 15 de abril. A quarentena está prevista para até dia 4 de abril.
A declaração significa reforçar o papel da polícia e dos militares para garantir o cumprimento das medidas para conter a propagação da Covid-19, segundo a presidente.
As fronteiras serão totalmente fechadas, não sendo permitido a ninguém sair ou entrar no país, exceto em casos muito excepcionais, enquanto que até agora os nacionais e residentes eram autorizados a regressar. A circulação de veículos, que vinha sendo permitida com autorização prévia, é limitada a viagens para emergências de saúde e segurança.
Apenas as pessoas entre 18 e 65 anos podem sair de suas casas para comprar alimentos e produtos básicos, de segunda a sexta-feira, dependendo do número da carteira de identidade.