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Chimpanzés que passaram por experimentos em laboratório vivem em ilhas particulares na Libéria

Os 65 animais sobreviveram a um projeto de pesquisa financiado pelos Estados Unidos que começou em 1974

Internacional|Maria Cunha*, do R7

Os chimpanzés haviam sido abandonados após fim dos experimentos
Os chimpanzés haviam sido abandonados após fim dos experimentos Os chimpanzés haviam sido abandonados após fim dos experimentos

Dezenas de chimpanzés que foram submetidos a uma vida inteira de procedimentos invasivos em nome da ciência estão agora vivendo protegidos em ilhas particulares ao longo de um rio na Libéria, na África.

Os 65 chimpanzés são os sobreviventes de um projeto de pesquisa financiado pelos EUA que começou com 400 animais da espécie. Eles foram liberados dos laboratórios e vivem cerca de 55 km ao sul da capital da Libéria, Monróvia.

O New York Blood Center (NYBC) financiou pesquisas biomédicas com os chimpanzés relacionadas à hepatite B e outras doenças em um complexo às margens do rio Farmington no país africano, a partir de 1974.

Os animais quase morreram de fome durante a guerra civil da Libéria entre 1989 e 2003, mas agora são alimentados pelos cuidadores, diariamente, com cerca de 200 Kg de comida todas as manhãs e 120 Kg à tarde, segundo o jornal britânico Daily Star.

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No ano de 2015, o NYBC cortou o financiamento e os chimpanzés foram abandonados nas pequenas ilhas fluviais. Após um longo período vivendo em um cativeiro, eles não poderiam mais ser soltos na natureza. 

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Brian Hare, um primatologista dos EUA que lançou uma petição contra o abandono dos macacos, escreveu na época: "Efetivamente, eles deixaram esses pobres chimpanzés sofrendo de desidratação e fome".

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Richard Ssunae, diretor da Humane Society International (HSI), um grupo de direitos dos animais que cuida dos primatas, lembra de um chimpanzé chamado Bullet que teve um braço arrancado por caçadores quando foi tirado de sua mãe. Para ele, o macaco foi "vítima de tortura".

Ssuna afirma que cuidadores criaram laços com os chimpanzés e que todos receberão a assistência necessária até o fim da vida. "O futuro é muito brilhante, por mais que gostaríamos de deixá-los de volta à natureza. Eles estão em um lugar melhor".

*Estagiária do R7, sob supervisão de Pablo Marques

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