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China critica discurso de Pompeo durante viagem à América do Sul

Secretário de Estado dos EUA faz série de visitas nos países da região para aumentar pressão internacional contra o governo da Venezuela

Internacional|Do R7, com EFE e Reuters

Chanceler do Suriname, Albert Ramdin caminha ao lado de Mike Pompeo
Chanceler do Suriname, Albert Ramdin caminha ao lado de Mike Pompeo Chanceler do Suriname, Albert Ramdin caminha ao lado de Mike Pompeo

A China acusou nesta sexta-feira (18) o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, de "semear a discórdia" entre o país asiático e os da América Latina.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, disse que Pompeo, atualmente cumprindo uma agenda de visitas a alguns países latino-americanos, como o Brasil, quer "interromper a cooperação" entre eles e a China.

Leia mais: Secretário de estado dos EUA terá reunião no Brasil nesta sexta-feira

"Suas declarações nada mais são do que ataques agressivos para difamar a China. Estão cheias de preconceitos ideológicos, não baseadas em fatos", disse o porta-voz.

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Wang enfatizou que a China "não pedirá aos países em questão que escolham isso ou aquilo em suas relações de cooperação" e "não ameaçará outros países para que não cooperem com nenhum outro".

Segundo um funcionário do Departamento de Estado dos EUA, Pompeo, que além do Brasil faz visitas a Suriname, Guiana e Colômbia, tem o objetivo de fortalecer a segurança regional diante de uma "ameaça" representada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, um aliado de Pequim.

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Embaixada no Suriname

A embaixada da China no Suriname acusou o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, de "difamar" Pequim depois que o diplomata mais graduado de Washington criticou as práticas de empresas chinesas durante a primeira parada de sua viagem a quatro países sul-americanos.

Em um evento conjunto com o recém-eleito presidente do Suriname, Chan Santokhi, na quinta-feira (17), Pompeo contrastou "a qualidade dos produtos e serviços de empresas privadas americanas" com os de empresas chinesas, que ele disse nem sempre competirem em uma "base justa e igualitária".

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"Vimos o Partido Comunista Chinês investir em países, e tudo parece ótimo na fachada e depois desmorona quando os custos políticos conectados a isso se tornam claros", disse Pompeo.

Seus comentários vieram depois de uma série de descobertas de jazidas de petróleo no litoral do Suriname, cujos laços comerciais com a China cresceram no governo do presidente anterior, Desi Bouterse, autocrata militar responsável por um colapso econômico que tentou se reeleger e perdeu para Santokhi no início do ano.

Disputas comerciais

A China fez empréstimos e investimentos de grande porte na América Latina, rica em recursos, durante o boom de décadas das commodities que praticamente chegou ao fim em 2014. O governo Trump tem tentado ressaltar as dívidas pesadas e a deterioração econômica que estas relações deixaram para parceiros comerciais próximos da China, como Venezuela e Equador.

Em seu comunicado, a embaixada chinesa de Paramaribo disse: "Qualquer tentativa de plantar discórdia entre a China e o Suriname está fadada ao fracasso."

"Aconselhamos o senhor Pompeo a respeitar os fatos e a verdade, a abandonar a arrogância e o preconceito, a parar de difamar e espalhar rumores sobre a China", disse a embaixada.

Na quinta-feira, Santokhi disse aos repórteres que o relacionamento do Suriname com a China não foi um tema de conversa em sua reunião com Pompeo. "Não é uma questão de fazer escolhas", disse.

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