A Clínica Universitária de Düsseldorf, onde o copiloto Andreas Lubitz, que supostamente derrubou deliberadamente um avião da Germanwnings, buscou tratamento nos últimos dois meses, entregou nesta segunda-feira (30) seu histórico médico para o Ministério Público da cidade alemã, encarregado de investigar o caso.
Uma porta-voz da clínica confirmou que as atas foram entregues, mas não forneceu detalhes, alegando que as investigações estão em andamento e respeito pela confidencialidade médica.
Na sexta-feira passada (27), diante das informações sobre a saúde psíquica de Lubitz, o centro hospitalar emitiu um comunicado afirmando que o copiloto tinha ingressado na clínica como paciente em fevereiro e, pela última vez, em 10 de março.
A clínica, no entanto, não revelou detalhes sobre a possível doença que Lubitz sofria, mas negou, ao contrário do divulgado pela imprensa, que ele tivesse depressão. A promotoria de Düsseldorf estuda a documentação apreendida nas revistas feitas nas casas do copiloto.
"Pessoas no mundo inteiro saberão o meu nome", disse copiloto da Germanwings
Equipes vasculham montanhas após acidente "inexplicável" com Airbus
Na semana passada, a Justiça alemã informou que foram encontradas receitas médicas que indicavam uma "doença e seu correspondente tratamento". Além disso, descobriu-se atestados médicos rasgados, mas atuais, vigentes inclusive para o dia da tragédia, quando o avião caiu nos Alpes franceses.
Segundo o Ministério Público francês, Lubitz derrubou na terça-feira passada (24) de forma aparentemente voluntária o Airbus A320 da Germanwings, que além dele tinha 149 pessoas a bordo.