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"Contra o racismo, eu busco a luz", diz rapper norte-americana

Por meio de seu trabalho comunitário em Detroit, nos EUA, Mahogany Jones reivindica que as mulheres negras ocupem espaços de poder

Internacional|Beatriz Sanz, do R7

Rapper criou sua própria ONG
Rapper criou sua própria ONG Rapper criou sua própria ONG

O racismo é um problema estrutural que corrompe boa parte do mundo. Discursos sobre como enfrentar essa grave situação são bem vindos, mas é preciso mais que isso: é preciso agir. É o que faz a rapper e ativista norte-americana Mahogany Jones. 

— Muitas vezes as pessoas focam no problema, mas eu quero ver a luz.

Jones vive em Detroit, no Estado do Michigan. Cansada de ver mulheres e crianças negras subjugadas pelo racismo, ela criou sua própria ONG, a Yunion. Em sua instituição, ela promove programas educacionais, de treinamento e de prevenção, para evitar que as crianças negras pensem que o único futuro possível para elas seja o crime.

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Na maioria das famílias atendidas por seus projetos, a mulher é a responsável pela criação dos filhos. Muitas vezes, elas são a única família que as crianças conhecem. Então, para evitar que essas mulheres potencialmente vulneráveis acabem se envolvendo em situações de violência doméstica ou discriminação no mercado de trabalho, Jonz também promove cursos e eventos de empoderamento para essas mulheres.

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— Como Malcolm X dizia, as pessoas mais desrespeitadas do planeta são as mulheres negras.

A rapper, que também é uma cantora gospel e arte educadora, trabalha ainda em outras três organizações, prestando serviços comunitários. 

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Arte e ativismo

Jones afirma que as duas principais ocupações de sua vida, arte e ativismo, andam lado a lado. Ela cita a lendária cantora Nina Simone, com uma frase que retrata esse pensamento: "É uma obrigação artística refletir o meu tempo". A artista de Detroit assegura ter a mesma percepção.

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Para que isso aconteça, Jones não se priva de usar referências dos negros norte-americanos e do movimento Hip Hop, inclusive na sua maneira de vestir, de falar e de se relacionar com as pessoas. A ativista conta que esse é um exercício diário.

A importância da representatividade

O discurso da representatividade tem estado cada vez mais presente nas discussões sobre o racismo e para Jonz isso é completamente relevante.

— É tão bonito ver o talento negro nos cinemas, na música, nas revistas, no mundo dos negócios, em vários modos de empreendedorismo, nos noticiários, quanto mais essas histórias são contadas, mais as pessoas se identificam.

Além disso, a ativista destaca que as mulheres negras precisam marcar presença nos espaços de poder e serem ouvidas antes que as grandes decisões, que muitas vezes afetam diretamente suas vidas, sejam tomadas.

— Se nos ouvirem as coisas podem melhorar. Se não estivermos presentes as coisas ficam desequilibradas, então nossa voz precisa estar lá.

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