Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Coreia do Norte mantém palcos de execuções e valas comuns, diz ONG

Organização entrevistou mais de 600 desertores norte-coreanos. Mais de 80% dos entrevistados afirma ter presenciado ao menos uma execução pública

Internacional|Da EFE

Regime norte-coreano manteria patíbulos
Regime norte-coreano manteria patíbulos Regime norte-coreano manteria patíbulos

Uma ONG da Coreia do Sul afirmou em um relatório divulgado nesta terça-feira (11) ter localizado centenas de patíbulos — palanques montados a céu aberto com instrumentos de tortura para execução de condenados à pena capital — e valas comuns usados regularmente pelo regime norte-coreano.

No relatório, a organização Grupo de Trabalho para a Justiça Transitória (TJWG, na sigla em inglês) assegura ter conseguido situar em um mapa 323 locais usados comumente para realizar execuções na Coreia do Norte, país no qual a violação de direitos humanos é sistemática, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). 

Leia também

Além disso, a ONG diz ter conseguido a localização de áreas usadas como valas comuns para pessoas executadas e de instalações que podem "conter documentos ou outras provas relacionadas com estes fatos".

A organização, que não conseguiu comprovar no terreno a informação por carecer de acesso ao país, demorou quatro anos para elaborar o relatório, para o qual entrevistou 610 desertores norte-coreanos.

Publicidade

"As execuções públicas costumam ocorrer em locais como margens e leitos dos rios, campos e espaços abertos, mercados, colinas/montanhas, terrenos esportivos e terrenos escolares", detalhou o relatório, intitulado "Mapping the fate of the dead" ("Cartografando o destino dos mortos").

Estas execuções, usadas pelas autoridades para amedrontar a população, foram um tema comumente relatado pelos norte-coreanos que conseguiram fugir do país, embora sejam poucos os trabalhos acadêmicos dedicados ao tema.

Publicidade

Esta nova investigação estabelece que 83% dos consultados presenciou uma execução pública pelo menos uma vez e 53% foi obrigado pelas autoridades a observar uma execução uma ou mais vezes.

Um entrevistado relatou ter presenciado uma execução pública quando tinha apenas sete anos.

Publicidade

Por sua vez, 16% dos consultados disse ter algum familiar que foi executado ou assassinado pelo regime.

O relatório estabelece também que estas execuções, sempre sumárias apesar do costume de "breves julgamentos" antes dos fuzilamentos (o método mais habitual), podem representar a execução de mais de 10 pessoas.

Por outro lado, o relatório não especificou as localizações destes lugares para evitar que o regime destrua provas que poderiam ser usadas para levar seus responsáveis diante da justiça por violações de direitos humanos

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.