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Curdos dizem que ataques aéreos turcos na Síria deixaram 29 mortos

Ações são uma resposta do governo de Ancara ao atentado de Istambul que terminou com mais de 50 vítimas

Internacional|

Jato F-16 da Força Aérea da Turquia
Jato F-16 da Força Aérea da Turquia Jato F-16 da Força Aérea da Turquia

Uma série de bombardeios perpetrados na noite de sábado (19) pela aviação turca contra vários pontos do norte da Síria causou a morte de 29 pessoas, 11 delas civis, informaram neste domingo as FSD (Forças da Síria Democrática), uma aliança armada liderada pelos curdos sírios.

Segundo a contagem oferecida pelo porta-voz curdo Farhad Shami no Twitter, 11 das vítimas são civis e outras 15 pertencem às fileiras das forças do governo sírio, enquanto o FSD sofreu uma baixa e dois guardas de segurança morreram enquanto guardavam alguns silos.

Pouco antes da meia-noite de sábado, a Turquia bombardeou várias áreas nas províncias sírias de Aleppo, Al Raqa e Al Hasaka e atacou principalmente pontos controlados pelos sírios curdos, que mantêm uma autoproclamada administração autônoma no nordeste do país árabe.

Os ataques aéreos também atingiram algumas posições das tropas de Damasco.

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O FSD disse em um comunicado que os 11 civis foram mortos no mesmo incidente na localidade de Derik, onde um grupo de residentes e agentes de saúde estava reunido para atender a vítima de um primeiro bombardeio, quando foram surpreendidos por um novo lançamento.

Segundo a nota, o bombardeio continuou de forma intermitente até esta manhã.

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"O Estado turco há muito se prepara para lançar ataques em grande escala contra várias regiões do norte e leste da Síria. Depois de arquitetar a conspiração da explosão de Istambul, usou-a como pretexto para ameaçar nossas regiões", denunciou a aliança armada.

Os bombardeios ocorreram depois que Ancara apontou uma mulher síria como a principal suspeita do ataque que há uma semana matou seis pessoas e deixou 81 feridos em Istambul, e afirmou que ela havia sido treinada pelas Unidades de Proteção do Povo Sírio (YPG), um dos principais componentes do FSD.

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Ancara considera o YPG e o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), guerrilheiros curdos da Turquia, ramos regionais da mesma organização e, portanto, considera ambos como organizações terroristas.

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As forças curdas sírias negaram qualquer conexão com a explosão de Istambul e acusaram o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, de buscar uma desculpa para atacar o norte da Síria a fim de obter apoio para as eleições a serem realizadas no país no ano que vem.

Embora esta não seja a primeira "operação aérea" lançada pela Turquia contra alvos curdos na Síria nos últimos meses, os bombardeios e o contexto em que são enquadrados aumentaram o temor de uma ofensiva transfronteiriça em grande escala com a qual Erdogan vem ameaçando.

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