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Deslizamento deixa 25 mortos e 52 desaparecidos na Venezuela

Além das mortes e desaparecimentos, as chuvas causaram destruição de casas e estabelecimentos comerciais

Internacional|Do R7

Pessoas caminham entre os escombros causados pelas chuvas
Pessoas caminham entre os escombros causados pelas chuvas Pessoas caminham entre os escombros causados pelas chuvas

Pelo menos 25 pessoas morreram e 52 estão desaparecidas após um deslizamento de terra em Las Tejerías, uma cidade industrial no centro da Venezuela, informou o governo no domingo (9).

O ministro do Interior, Remigio Ceballos, acrescentou no domingo três novos óbitos ao balanço de vítimas, que atualizou à noite na televisão estatal VTV. "Infelizmente até agora temos 25 pessoas que foram encontradas mortas", disse ele. "Também temos um número de 52 pessoas desaparecidas" e "mantemos os esforços de busca".

Antes da tragédia de Las Tejerías, as fortes chuvas que atingiram o país nas últimas semanas causaram 13 mortes. A equipe da AFP foi a Las Tejerías e constatou a destruição de casas e estabelecimentos comerciais. 

A tragédia aconteceu após três horas de chuvas intensas que começaram na tarde de sábado (8), fazendo com que vários rios transbordassem e carregassem sedimentos, pedras e árvores do alto da montanha.

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Árvores gigantescas foram varridas pela pior enchente que a região viveu em 30 anos, cortando a estrada principal dessa cidade cercada por montanhas.

Carros e fragmentos de casas, muitas das quais perderam paredes, também foram arrastados pela corrente, que subiu até 6 metros nas estruturas mais próximas ao leito do rio.

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Um açougue que fechou por causa da pandemia e estava programado para reabrir nesta segunda-feira foi coberto por sedimentos que danificaram equipamentos de refrigeração e tudo o que havia dentro.

Bombeiro observa moto que foi parar dentro de uma casa
Bombeiro observa moto que foi parar dentro de uma casa Bombeiro observa moto que foi parar dentro de uma casa

"Estávamos esperando a entrega da carne para começar depois de dois anos fechados", disse Ramón Arvelo, um dos trabalhadores que ajudaram a remover a lama.

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"Nunca pensei que algo dessa magnitude pudesse acontecer, é algo forte", lamentou Loryis Verenzuela, de 50 anos, enquanto contemplava a devastação em meio às lágrimas e se aproximava para oferecer ajuda.

FURACÃO JÚLIA

Cerca de mil funcionários participam dos trabalhos de resgate, disse à AFP o almirante Remigio Ceballos Ichaso, ministro do Interior e da Justiça, que foi ao local para constatar os danos.

"A cidade acabou. Acabou Las Tejerías", lamentou Carmen Meléndez, de 55 anos e moradora desta localidade situada a cerca de 50 km da capital, Caracas.

Meléndez estava esperando notícias de Margot Silva, uma parente que foi dada como desaparecida. Ela mora em uma cidade vizinha e foi a Las Tejerías para comprar mantimentos. "A primeira vez que vemos algo assim, sabemos que vamos superar, mas lamentamos as perdas humanas", disse ela.

Equipes de trabalhadores com máquinas limparam estradas cobertas de detritos e lodo da enchente.

Percorrendo a área do desastre, Ceballos afirmou que "houve um recorde de chuvas". O volume médio de água que cai em um mês caiu em um dia, disse ele.

"Estas fortes chuvas saturaram a terra, temos perdas lamentáveis", acrescentou o ministro.

O presidente Nicolás Maduro decretou três dias de luto nacional pelas vítimas.

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