Diante das tensões com a Rússia, o governo dinamarquês quer aderir à política de defesa da União Europeia (UE) e organizará um referendo nacional sobre a questão em 1º de junho, anunciou neste domingo (6) a primeira-ministra Mette Frederiksen.
Durante uma entrevista coletiva, a chefe de governo da Dinamarca instou "veementemente" os dinamarqueses a anular a disposição que mantém o país escandinavo — membro da Otan — à margem da política da União Europeia em matéria militar.
"Os momentos históricos requerem decisões históricas", justificou Frederiksen na coletiva de imprensa, pedindo à população que vote para derrubar a medida adotada há quase 30 anos.
A premiê também se comprometeu a aumentar os gastos com defesa nos próximos anos, para alcançar a meta da Otan (2% do PIB) até 2033.
A líder social-democrata também expressou seu desejo de tornar a Dinamarca "independente do gás russo", mas não especificou como nem apresentou nenhum calendário.