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Drag queen filho de chefão faz máfia italiana atualizar padrões

Grupos criminosos, extremamente conservadores, acompanham mudanças sociais e estão mais tolerantes com a orientação sexual de seus integrantes

Internacional|Giovanna Orlando, do R7

Máfia italiana aceita filho gay de chefe do crime
Máfia italiana aceita filho gay de chefe do crime Máfia italiana aceita filho gay de chefe do crime

A máfia italiana está abrindo espaço para soldados e membros homossexuais pela primeira vez na história depois de descobrirem que o filho de um dos chefes do crime é uma drag queen “fabulosa”.

O investigador anti-mafia Nicola Gratteri disse, em entrevista ao jornal britânico The Times, que a máfia está “evoluindo com a sociedade” e que, apesar da homossexualidade ainda ser um tabu entre os chefes mais velhos, a máfia tem permitido que homens gays sejam soldados nos níveis baixos da hierarquia.

Segundo as pesquisas de Gratteri, mafiosos frequentam bares gays com performances de drag queens e o filho de um dos chefes do crime mais importantes do país se apresenta em um deles com o nome artístico Lady Godiva.

“Isso enfraquece a imagem deles como homens durões e viris”, diz o investigador. “Mas a máfia evoluiu com a sociedade. Gays são aceitos agora, mesmo como soldados de infantaria, contanto que eles não se exibam em público”.

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Organizações matavam gays

As organizações criminosas são conhecidas por serem homofóbicas e por terem matado no passado alguns membros que eles suspeitavam serem gays.

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Agora, os homens homossexuais podem fazer parte da instituição contanto que sejam “discretos” quanto a sua orientação sexual.

Gratteri chegou a descobrir um caso de amor entre um dos líderes da ‘Ndrangheta, a organização criminosa mais rica da Itália, que é responsável por 80% da cocaína que circula na Europa e fatura cerca de R$ 205 bilhões por ano com tráfico de drogas. O chefe conversava por meio de cartas apaixonadas com um soldado.

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Máfia ficou mais leve

Gratteri, que prendeu grandes chefes da máfia no passado e agora vive sob proteção policial há três décadas, disse que a máfia ficou “mais leve”.

“Eu levei aos tribunais os avós e pais dos chefes de agora. Eles eram impassíveis perante longas penas”, diz. “Os jovens de hoje não aguentam o stress da prisão do jeito que seus pais aguentaram. Eles ficam paranóicos, depressivos. Eles são mais frágeis."

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