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Espanha decide extraditar ex-general venezuelano para os EUA

Hugo Carvajal denunciou esquema de financiamento de partidos de esquerda pelos governos de Chávez e de Maduro

Internacional|

Hugo Carvajal se posiciona durante sua audiência de extradição para os EUA em Madri
Hugo Carvajal se posiciona durante sua audiência de extradição para os EUA em Madri Hugo Carvajal se posiciona durante sua audiência de extradição para os EUA em Madri

A Justiça espanhola determinou a extradição para os Estados Unidos do ex-general venezuelano chavista Hugo Armando Carvajal, conhecido como "El Pollo", detido em Madri e considerado o fugitivo mais procurado por tráfico de drogas, após negar sua solicitação de asilo no país europeu.

A Audiência Nacional decidiu nesta quarta-feira (20) que Carvajal ficará à disposição da Unidade de Cooperação Policial Internacional, que deverá concretizar a entrega do ex-general aos EUA.

Carvajal é procurado pelos americanos para ser julgado por crimes que na Espanha equivalem a pertencimento a uma organização criminosa ou colaboração com organização terrorista e tráfico de drogas de forma agravada.

Em 14 de setembro, o tribunal espanhol suspendeu a extradição do ex-general até que o Ministério do Interior resolvesse o pedido de asilo feito por ele.

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Pouco depois, a pasta informou que tinha recusado o pedido e Carvajal recorreu da recusa imediatamente. No entanto, na terça-feira (19) havia sido ratificado que o asilo não seria concedido, motivo pelo qual a extradição foi confirmada.

A Audiência Nacional aprovou a extradição do ex-chefe do serviço secreto venezuelano em novembro de 2019, meses depois de ele ter sido preso com documentação falsa. Entretanto, a extradição não se concretizou, uma vez que o acusado não apareceu, pois estava em liberdade e, em seguida, em paradeiro desconhecido.

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Quase dois anos após a fuga, Carvajal foi preso, em setembro, em um apartamento em Madri que a polícia espanhola localizou com a ajuda da agência antidrogas americana.

Depois da detenção, ele foi colocado em uma prisão e pediu para ser autorizado a depor perante o tribunal espanhol em que sua extradição estava sendo processada, o que foi aceito pelo juiz encarregado do caso.

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Inicialmente, Carvajal disse que falaria sobre questões de terrorismo internacional como ETA e Farc, mas durante o depoimento apontou para supostos pagamentos a ex-líderes do partido espanhol Podemos, aliado do Partido Socialista no governo espanhol, por meio da petroleira estatal venezuelana PDVSA.

Após esse primeiro comparecimento diante do juiz, Carvajal forneceu documentos ao tribunal com os quais pretende provar que tais políticos receberam pagamentos do governo venezuelano. Depois de entregar a documentação, foi convocado a comparecer à Audiência Nacional em 27 de outubro. 

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O ex-chefe do serviço secreto da Venezuela enviou uma carta de sete páginas ao juiz espanhol em que relata detalhes de um esquema de financiamento de partidos de esquerda na América Latina e na Europa pelos governos de Hugo Chávez e Nicolás Maduro. Entre os beneficiados estaria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As informações foram divulgadas pelo site espanhol Okdiario nesta semana.

Além de citar Lula, o ex-general apontou como exemplos "concretos" de beneficiados pelo esquema de financiamento: Néstor Kirchner, na Argentina; Evo Morales, na Bolívia; Fernando Lugo, no Paraguai; Ollanta Humala, no Peru; Zelaya, em Honduras; Gustavo Petro, na Colômbia; e o Movimento Cinco Estrelas, na Itália.

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