A garçonete Adriana Ferreira da Silva, de 48 anos, se diz "angustiada" e "muito preocupada" com a falta de notícias há mais de 30 horas de seu filho, Mauriene Junior, de 29 anos, que está no Nepal.
— Meu coração diz de alguma maneira que ele está bem. E acredito que ele deve estar ajudando por lá. Mas estou angustiada e sem cabeça para nada.
Pelas fotos e publicações no Facebook, a viagem do paulistano Mauriene corria bem e animada. Até que no sábado, por volta das 13h, horário de Brasília, Mauriene mandou um recado para familiares e amigos, na qual dizia ter presenciado o terremoto de magnitude 7.8, em Katmandu (capital do Nepal), que, até o momento, já deixou mais de 4 mil mortos.
A mensagem dizia: "Eu estava próximo ao epicentro. Cenas horríveis presenciei. Hoje seria meu último dia no Nepal, mas todos os voos foram cancelados. Kathmandu está um caos, pessoas nas ruas, feridos, desabrigados. Aeroporto fechado. Estou bem".
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Nesse mesmo momento, o jovem começou a responder as mensagens de amigos, aproveitando o sinal de internet de um hotel próximo a onde estava. Seu voo, que sairia no sábado, foi cancelado, e ele dizia que teria que aguardar a remarcação. Foi então que ele apareceu online pela última vez às 21h do sábado e não mandou mais notícias.
Adriana viu sua preocupação duplicar quando soube que os cartões de crédito do filho seriam bloqueados para uso internacional, porque passaria do prazo da viagem estipulado no banco antes da ida.
— Fiquei imaginando ele precisando de dinheiro lá, sozinho. Só fiquei ainda mais preocupada. Liguei no Nepal e só pegaram o nome dele e disseram que entrarão em contato ainda hoje.
Enquanto isso, a página no Facebook de Mauriene segue repleta de mensagens de preocupação, carinho e esperança de que ele apareça são e salvo.