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EUA e Turquia se reaproximam após sumiço de jornalista saudita

Trump endossou discurso do mandatário turco e afirmou à Fox que autoridades estão próximas de descobrir o que ocorreu com Khashoggi

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7

Ancara diz que sauditas autorizaram vistoria
Ancara diz que sauditas autorizaram vistoria Ancara diz que sauditas autorizaram vistoria

A discórdia entre Estados Unidos e Turquia teve uma trégua após o desaparecimento do jornalista saudita Jamal Khashoggi, que escrevia para o jornal norte-americano The Washington Post, em Istambul.

Ele entrou no consulado saudita em Istambul, no último dia 2, para retirar um comprovante do seu divórcio e assim poder casar-se com a turca Hatice Cengiz, que o esperava do lado de fora. Mas não foi mais visto desde então.

Nesta quinta-feira (11), o presidente Donald Trump endossou o discurso do mandatário turco Recep Tayyip Erdogan e afirmou à rede de TV Fox News que as autoridades estão próximas de descobrir o que ocorreu com Khashoggi.

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O jornalista era um crítico do governo saudita pela participação do país na Guerra do Iêmen, entre outras questões.

Trump: 'É um precedente terrível'

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"Vamos estudar isto muito, muito a sério. Eu não gosto nada disto. Não há cidadãos norte-americanos envolvidos, mas isso não importa neste caso. É um precedente terrível, terrível", disse Trump.

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Há fortes suspeitas de que o jornalista tenha sido assassinado ou sequestrado por representantes do governo saudita.

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Se isso ocorreu, poderia haver um abalo no relacionamento entre Estados Unidos e Arábia Saudita, num momento de proximidade econômica entre ambos.

Trump, porém, descartou por enquanto bloquear investimentos sauditas nos EUA, já que isso poderia inclusive prejudicar recursos que são investidos pela Chia e Rússia por meio do país árabe.

Erdogan desconfia dos sauditas

Erdogan, como Trump, também se mostra preocupado com a situação. Ele desconfia da explicação do governo saudita, de que as câmeras de vigilância do consulado não estavam funcionando.

"Estamos investigando o caso em todas suas dimensões. Isto aconteceu em nosso país. É impossível que fiquemos calados em um caso assim. Não é um fato comum", disse o presidente turco.

Segundo Ancara, o governo saudita autorizou uma vistoria no consulado saudita para investigar o que teria ocorrido com o jornalista.

No pêndulo que são as relações no Oriente Médio, o momento agora é de proximidade entre os Estados Unidos e a Turquia. Isso depois de, em agosto, ambos passarem por uma crise diplomática, com o governo americano aumentando tarifas de importação de produtos como o aço, o que prejudicou a economia turca, já com a lira desvalorizada.

EUA x Turquia

Muitos consideraram a iniciativa uma pressão pela libertação do pastor norte-americano Andrew Brunson, detido na Turquia e depois colocado em prisão domiciliar sob a acusação de "terrorismo" e "espionagem."

Por outro lado, a Turquia exige a extradição de Fethullah Gulen, um pregador turco que mora há cerca de 20 anos nos Estados Unidos e, segundo o governo de Erdogan, teria arquitetado à distância a tentativa de golpe em julho de 2016.

Já a Arábia Saudita, comandada de fato pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, está tentando mostrar uma face mais modernizada para o mundo.

Mas, neste momento, a imagem do novo governo fica à sombra destas acusações, que apontam para a utilização de práticas tão brutais quanto às usadas por outros regimes ditatorias, ao lidar com opositores.

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