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EUA: furacão Ida deixa danos 'catastróficos' em Nova Orleans

Pelo menos uma pessoa morreu e cerca de 1 milhão de imóveis estão sem luz nos estados da Louisiana e Mississipi

Internacional|Do R7, com AFP

A região de Nova Orleans teve várias inundações por conta do furacão
A região de Nova Orleans teve várias inundações por conta do furacão A região de Nova Orleans teve várias inundações por conta do furacão

O número de mortos pelo furacão Ida aumentará "consideravelmente", advertiu nesta segunda-feira (30) o governador da Louisiana, John Bel Edwards, que reportou danos "catastróficos" causados pela passagem da tempestade pelo estado do sul dos EUA.

Leia também: Nos EUA, furacão Ida mata um e deixa Nova Orleans sem energia

A principal cidade de Louisiana, Nova Orleans, segue sem eletricidade quase 24 horas dpeois que Ida tocou a costa do estado, exatamente 16 anos depois da chegada do furacão Katrina, que devastou a região em 2005.

"A maior preocupação é que já estamos realizando buscas e resgates e temos gente em todo o sudeste da Louisiana que ainda está em locais complicados", disse Bel Edwards no programa Today desta segunda-feira.

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Mais tarde, em uma conferência online com o presidente Joe Biden, ele deu mais detalhes sobre a situação. "O dano foi catastrófico, vamos lidar com as consequências disso por muito tempo, há mais de 1 milhão de imóveis sem luz. Queremnos restaurar nos hospitais primeiro, porque geradores podem falhar depois de algum tempo", ressaltou o governador.

Até o momento, uma morte foi confirmada após a passagem do furacão, atingida por uma árvore, mas Edwards disse que se espera que o número de vítimas suba "consideravelmente". Segundo ele, o sistema de diques nos locais afetados "realmente funcionou muito bem, do contrário estaríamos enfrentando problemas muito maiores hoje".

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Biden prometeu apoio e coordenação federais para a região, após declarar estado de emergência na Louisiana e Mississipi.

"Nossa prioridade absoluta é restaurar o acesso a eletricidade e telefonia. Estamos em contato com as autoridades e fornecedores da Louisiana e Mississipi e trabalhando para restabelecer o fornecimento o mais rápido possível", afirmou o presidente.

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Galhos, vidros quebrados e outros escombros cobriam o centro de Nova Orleans, enquanto no Bairro Francês, um dos principais pontos turísticos da cidade, várias árvores foram arrancadas com raiz e tudo.

"Eu estava ali 16 anos atrás. O vento parece pior desta vez, mas o estrago parece menos grave", disse o morador do Bairro Franvês Dereck Terry, enquanto inspecionava a vizinhança de chinelos e camiseta, com um guarda-chuva na mão.

"Uma janela da minha casa espatifou, algumas telhas voaram até a rua e entrou água", acrescentou o farmacêutico aposentado de 53 anos.

"Devastação total"

Em Jean Lafitte, uma localidade ao sul de Nova Orleans, o prefeito Tim Kerner disse que a rápida subida das águas tinha superado os diques de 2,3 metros de altura.

"Devastação total, catastrófica, os diques da nossa cidade transbordaram", disse Kerner à emissora local WGNO, ressaltando que entre 75 e 200 pessoas estavam isoladas na reserva de Barataria.

Cynthia Lee Sheng, prefeita do condado de Jefferson, que abrange parte da área metropolitana de Nova Orleans, disse que muitas famílias se abrigaram nos seus sótãos.

Vários moradores de LaPlace, que fica rio acima de Nova Orleans, publicaram pedidos de ajuda nas redes sociais dizendo que estavam presos pela subida da água.

"Muito menos escombros"

A maioria dos moradores atendeu aos avisos de perigo emitidos pelas autoridades para abandonar a região.

"Eu fiquei na passagem do Katrina e pelo que vi até agora, há muito menos escombros pelas ruas do que depois de Katrina", disse à AFP Mike, que vive no Bairro Francês e se negou a dar seu sobrenome.

A lembrança de Katrina, que atingiu a cidade em 29 de agosto de 2005, ainda é presente no estado, onde causou cerca de 1,8 mil mortes e bilhões de dólares em estragos.

O Centro Nacional de Furacões emitiu alertas de marés altas e inundações repentinas em partes do sudeste de Lousiana, no sul do Mississipi e no sul do Alabama, enquanto Ida avançava rumo ao nordeste do país.

Ao meio-dia (em Brasília) desta segunda, Iba estava a cerca de 105 quilômetros a sudoeste de Jackson, no Mississipi, com ventos constantes de cerca de 65 km/hm, após ser rebaixada a tempestade tropical.

Segundo os prognósticos, a tempestade se deslocará rumo ao interior e se espera que chegue ao centro do Mississipi na tarde desta segunda, antes de atravessar os EUA rumo ao Atlântico, onde deve chegar na quarta-feira, criando a possibilidade de inundações repentinas em sua passagem.

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