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EUA não revogarão restrições de viagens devido à variante Delta

Segundo uma fonte da Casa Branca, número de casos no país está aumentando e deve seguir crescendo nas próximas semanas

Internacional|

EUA proíbem atualmente a entrada de viajantes de 33 países, entre eles o Brasil
EUA proíbem atualmente a entrada de viajantes de 33 países, entre eles o Brasil EUA proíbem atualmente a entrada de viajantes de 33 países, entre eles o Brasil

Os Estados Unidos não revogarão nenhuma restrição de viagem atualmente em vigor "neste momento" devido a preocupações com a altamente contagiosa variante Delta do coronavírus e ao aumento do número de casos de covid-19 no país, disse uma autoridade da Casa Branca à Reuters.

A decisão, tomada após uma reunião de alto escalão da Casa Branca na sexta-feira (23), significa que as restrições a viagens que vigoram há tempos no país e que barraram a maior parte da população mundial de entrar nos EUA desde 2020 não serão revogadas no curto prazo.

"Dado que estamos hoje com a variante Delta, os Estados Unidos manterão as restrições de viagens existentes neste momento", disse a autoridade à Reuters, citando a variante Delta dentro e fora dos EUA.

"Impulsionados pela variante Delta, os casos estão aumentando aqui, particularmente entre aqueles não vacinados e parece que continuarão a crescer nas próximas semanas", completou.

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O anúncio certamente condena quaisquer tentativas das companhias aéreas norte-americanas e do setor de turismo do país de salvar a temporada de viagens de verão dos europeus e de outros atingidos pelas restrições. As companhias aéreas têm feito lobby há meses junto à Casa Branca pela revogação das restrições.

Os EUA atualmente proíbem a entrada de praticamente todos os que não são cidadãos norte-americanos e que nos 14 dias anteriores estiveram no Reino Unido, nos 26 países europeus que compõem o espaço Schengen, além de Irlanda, China, Índia, África do Sul, Irã e Brasil.

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As restrições de viagem foram impostas pelos Estados Unidos pela primeira vez contra a China em janeiro de 2020 para fazer frente à disseminação da covid-19 e outros países foram sendo incluídos na lista com o passar do tempo.

Na semana passada, o Departamento de Segurança Interna dos EUA disse que as fronteiras terrestres do país com o Canadá e o México permanecerão fechadas para viagens não essenciais pelo menos até 21 de agosto, apesar de o Canadá ter anunciado que começará a permitir a entrada de turistas norte-americanos completamente vacinados em 9 de agosto.

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Indagado em 15 de julho durante uma aparição ao lado da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, quando os EUA revogariam as restrições impostas à Europa, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que "serei capaz de responder a essa pergunta a você nos próximos dias, o que provavelmente acontecerá".

Merkel disse que qualquer decisão de retirar as restrições "tem de ser uma decisão sustentável. Certamente não é sensível ter de recuar dela alguns dias depois".

Os casos de Covid-19 saltaram desde que essa entrevista coletiva foi realizada.

A diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), Rochelle Walensky, disse na quinta-feira (22) que a média móvel de sete dias de novos casos nos Estados Unidos teve alta de 53% em relação à semana anterior. A variante Delta, originada na Índia, agora responde por 80% dos casos nos EUA e foi detectada em mais de 90 países.

A autoridade da Casa Branca também citou o fato de que, na semana passada, o CDC fez um apelo para os norte-americanos evitarem viagens ao Reino Unido por causa do aumento dos casos.

Mas a autoridade acrescentou: "O governo entende a importância das viagens internacionais e está unido no desejo de reabrir as viagens internacionais de forma segura e sustentável".

As restrições provocaram pesadas críticas de pessoas que estão sendo impedidas de encontrar entes queridos.

A porta-voz da Casa Branca Jen Psaki disse na sexta-feira que as viagens internacionais são "algo que todos nós gostaríamos de ver --não somente pelo turismo, mas para que famílias se reúnam".

Mas ela acrescentou que "dependemos dos conselhos médicos e de saúde pública sobre quando determinaremos que mudanças sejam feitas".

O governo Biden se recusou a anunciar critérios que levariam a reduzir restrições e não informou se retirará restrições de países individualmente ou se irá se concentrar em aprimorar a análise individual dos viajantes.

A Reuters informou na semana passada que a Casa Branca estava discutindo a possibilidade de exigir a vacinação contra covid-19 de visitantes internacionais, mas nenhuma decisão foi tomada, disseram fontes.

O governo Biden também tem discutido com as companhias aéreas norte-americanas nas últimas semanas sobre estabelecer o rastreamento internacional de contatos para passageiros antes de retirar as restrições.

No início de junho, a Casa Branca lançou grupos de trabalho inter-agências com União Europeia, Reino Unido, Canadá e México para analisar quando eventualmente as restrições fronteiriças e de viagem serão revogadas.

Em janeiro, o CDC impôs testes obrigatórios de Covid para quase todos os viajantes aéreos internacionais.

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