O Facebook anunciou na terça-feira (7) que banirá todas as contas, páginas e grupos da rede social e do Instagram que "representem" o movimento QAnon, mesmo que não tenham conteúdos violentos, uma mudança no critério que a plataforma vinha aplicando até agora.
As informações sobre o novo critério adotado foram publicadas no blog oficial da empresa, que destaca a política contra "organizações perigosas" e explica que, embora algumas contas já estejam sendo apagadas, o processo pode demorar dias ou semanas.
QAnon é um movimento de extrema direita que promove teorias da conspiração. Há dois anos, um homem se inspirou nessas histórias e, munido de armas e de um veículo blindado, bloqueou a passagem na represa Hoover, no estado de Nevada, por "sentido de patriotismo e para revelar verdades ocultas".
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No início do ano, um jovem de 24 anos foi acusado de matar o líder da máfia Família Gambino, e desde então afirmou que o crime foi motivado pela obsessão com as teorias QAnon.
Não é raro ver símbolos como a letra "Q", em apoio ao QAnon, nos atos de Trump, que já compartilhou conteúdos vinculados ao movimento e evitou contradizer algumas teorias conspiratórias.
Em agosto, o Facebook começou a eliminar conteúdos do QAnon que pudessem incentivar atos de violência e a suspender os perfis de administradores de páginas e grupos que violassem a política da rede social contra movimentos sociais militarizados.
Na ocasião, a empresa comandada por Mark Zuckerberg eliminou mais de 790 grupos vinculados ao QAnon, cem páginas e 1.500 anúncios, e bloqueou o uso de mais de 300 hashtags relacionadas ao movimento.