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Filha de ex-espião russo dá 1ª entrevista após envenenamento

Yulia Skripal diz que ataque virou sua vida de ponta-cabeça; ela e o pai foram encontrados inconscientes em via pública do Reino Unido

Internacional|Ana Luísa Vieira, do R7, com Reuters

Yulia Skripal pretende voltar para a Rússia no longo prazo
Yulia Skripal pretende voltar para a Rússia no longo prazo Yulia Skripal pretende voltar para a Rússia no longo prazo ( REUTERS/Dylan Martinez/23.05.2018)

Yulia Skripal, filha do ex-espião russo Sergei Skripal — que foi envenenada junto com o pai em um ataque com agente nervoso no Reino Unido há mais de dois meses — deseja voltar para a Rússia no longo prazo. "O fato de que um agente nervoso foi usado para fazer isso é chocante", disse a jovem em entrevista à agência de notícias Reuters. "Minha vida virou de cabeça para baixo."

Yulia e Sergei Skripal — um ex-coronel da inteligência militar russa que entregou dezenas de agentes de Moscou ao Reino Unido — foram encontrados inconscientes em um banco de praça pública na cidade de Salisbury, na Inglaterra, no dia 4 de março. A jovem de 33 anos ficou em coma por 20 dias.

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"Eu acordei com a notícia de que nós dois havíamos sido envenenados", afirmou Yulia durante a entrevista, realizada a partir de uma localidade secreta em Londres — já que ela e seu pai se encontram sob proteção do Estado britânico. Ela recebeu alta do Hospital Distrital de Salisbury cerca de cinco semanas após o envenenamento e não havia feito nenhuma aparição na imprensa até agora.

Yulia reforçou que sente que ela e seu pai são muito sortudos por estarem vivos. "Nossa recuperação tem sido lenta e extremamente dolorosa", completou. A jovem falou em russo e providenciou à agência um documento em inglês e russo que ela diz ter escrito sozinha. "Reitero ninguém fala por mim e pelo meu pai — apenas nós mesmos."

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A russa afirmou ainda que acompanha a recuperação do pai — que recebeu alta do hospital no dia 18 de maio: "Enquanto tento lidar com as mudanças devastadoras que me foram impostas física e emocionalmente, eu vivo um dia de cada vez e tento ajudar a cuidar de meu pai até sua recuperação completa".

O caso de Yulia e Sergei foi o primeiro uso conhecido de um agente nervoso militar em solo europeu desde a Segunda Guerra Mundial. O Reino Unido acusou a Rússia de estar por trás do envenenamento, e governos ocidentais, incluindo os Estados Unidos, expulsaram mais de 100 diplomatas russos. A Rússia nega qualquer envolvimento e expulsou diplomatas ocidentais em resposta. Moscou sugeriu que o próprio Reino Unido realizou o ataque para alimentar uma campanha contra a Rússia.

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