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Filipinas: Suprema Corte afasta juíza chamada de 'inimiga' por presidente

Maria Lourdes Sereno foi a primeira mulher chefe de Justiça no país e votou contra propostas controversas do governo

Internacional|Ana Luísa Vieira, do R7, com Reuters

Maria Lourdes foi chamada de 'inimiga' por presidente
Maria Lourdes foi chamada de 'inimiga' por presidente Maria Lourdes foi chamada de 'inimiga' por presidente

Por oito votos contra seis, a Suprema Corte das Filipinas votou na sexta-feira (11) para remover sua principal juíza, a quem o presidente Rodrigo Duterte chamou de "inimiga" por votar contra propostas controversas do governo. As informações são da agência de notícias Reuters.

Para os opositores do governo, o afastamento da juíza Maria Lourdes Sereno de seu cargo representa um retrocesso contra o abuso de poder no país. Maria Lourdes foi a primeira mulher chefe de Justiça nas Filipinas e, para os críticos de Duterte, o que resta após sua saída é uma "Suprema Corte de marionetes".

A Suprema Corte alega que houve violações no processo de nomeação de Maria Lourdes para removê-la: "Maria Lourdes Sereno é considerada desqualificada e, por este meio, considerada culpada de exercer e exercer ilegalmente o cargo de chefe de justiça", disse Theodore Te, porta-voz do tribunal, ao ler a decisão.

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Segundo a Reuters, Maria Lourdes é a primeira chefe de justiça a ser removida por seus pares no país e a segunda a perder a posição — seu antecessor foi acusado de ocultação de bens.

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O cargo anteriormente ocupado pela juíza já está vago e a Suprema Corte deve iniciar um novo processo de seleção. O tribunal deu a Maria Lourdes um prazo de dez dias para recorrer do veredito e explicar porque ela não teria cometido uma série de violações como "lançar críticas a outros membros do Supremo Tribunal".

A juíza negou qualquer irregularidade e seu porta-voz disse que ela apelaria da decisão. "É um dia triste", declarou o assessor em uma entrevista na televisão. A juíza já pediu a seus partidários que "defendam a Constituição e combatam as irregularidades".

O advogado do presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, e o porta-voz do governo, Harry Roque, emitiram declarações separadas pedindo à população que respeitasse a decisão da Suprema Corte.

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