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Estudiosos estimam que a linguagem verbal tenha surgido há pelo menos 50 mil anos, mas a comunicação humana de qualquer outro tipo é muito mais antiga. Sinais e gestos podem ter muitos significados e a maneira como as pessoas de um país se cumprimentam pode mudar muito. Se no Brasil é possível dar "oi" com um, dois ou até três beijos na bochecha, em outras partes do planeta existem maneiras bem inusitadas de fazer isso
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1. Mostrar a língua no Tibet
Apesar do gesto servir para zombar de outra pessoa no Brasil, mostrar a língua é uma forma comum de dar oi no Tibete, na Ásia. O costume teria surgido graças a um rei considerado maligno que viveu no século 9º. O líder tinha a língua preta, que os súditos associavam a sua maldade. Então, os monges começaram a mostrar suas línguas para provar que tinham boas intenções e que não eram a reencarnação do tão temido todo-poderoso. O ato virou tradição no Tibete e sinaliza respeito -
2. Encostar o nariz (Iêmen, Catar e Omã)
Muitos países do Oriente Médio são marcados pelo conservadorismo e por costumes mais reclusos, então a forma como os homens de algumas nações dessa área geográfica se cumprimentam pode surpreender. Em um quase beijo, dois indivíduos do sexo masculino pressionam seus narizes por alguns instantes em sinal de respeito. É difícil traçar exatamente a origem dessa tradição -
3. Pressionar o nariz (esquimós)
Ainda utilizando o nariz, existem muitas culturas tribais em regiões árticas que utilizam essa parte do corpo como saudação. O famoso beijinho de esquimó não consiste em apenas esfregar os narizes como pensamos no Brasil. Em muitas tribos esquimós, como os Inuit, o nariz pode ser pressionado na bochecha ou em outras partes do rosto, e quanto mais forte for essa pressão, mais afeto a pessoa está demonstrando -
4. ‘Adoleta’ (Zimbábue)
A brincadeira brasileira ‘adoleta’ é muito similar a um cumprimento utilizado no Zimbábue, na África. O bater de palmas acontece em um estilo de chamada e resposta. A primeira pessoa bate uma vez e a segunda pessoa duas vezes, em resposta. A posição das mãos também varia, homens batem palmas com os dedos e as palmas das mãos alinhados e as mulheres com as mãos inclinadas -
5. Mão no coração (Malásia)
Na Malásia, o cumprimento é um gesto bem sentimental. O processo consiste em pegar as mãos da pessoa sendo saudada, soltá-la após alguns segundos e levar suas próprias mãos ao peito acenando levemente em seguida. Isso simboliza boa vontade e coração aberto. No caso do cumprimento entre pessoas de gêneros opostos, os homens devem esperar que as mulheres estendam a mão e, caso elas não queiram, ele deve apenas colocar a mão no próprio peito e dar um leve aceno de cabeça -
6. Cuspir na cara (tribo Masai- Quênia e Tanzânia)
Saindo da sutileza da Malásia, outras formas de saudação podem ser consideradas ‘agressivas’ em outras culturas. No Brasil, cuspir é sinal de falta de educação, mas na tribo Masai, presente em regiões do Quênia e da Tanzânia, o ato é apenas uma forma de saudação -
7. Cheirar rostos (Groenlândia)
Dar ‘um cheiro’ em pessoas amadas não é estranho no nosso país, mas fazer isso com desconhecidos está fora de questão. Porém, na Groenlândia, o ato é apenas uma forma de recepção. Na ilha de Tuvalu, apertar as bochechas e respirar fundo faz parte da tradicional recepção polinésia até para os visitantes.
*sob supervisão de Pablo Marques