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Tradição centenária, rinha de galos ainda é permitida no norte da França

Internacional|Do R7

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Um ringue, seis minutos de combate e um turbilhão de penas pelos ares. O objetivo: ganhar a reputação e ser respeitado pelos oponentes. Esse é o cenário das rinhas de galo em Saint-Amand-les-Eaux, no Departamento Nord/Pas-de-Calais, única região do país onde esse tipo de “jogo” é permitido — uma tradição de mais de cem anos que, geralmente, passa de pai para filho
“Na minha família, nós jogamos brigas de galos desde 1900. Primeiro foi meu bisavô, depois meu avô, meu pai e agora eu, o último da linhagem. Eu tenho 70 anos, e se eu puder jogar por mais uma década, será ótimo”, diz o aposentado Maxime Dubus à agência de notícias France Presse
Jacques, um belga de 51 anos, pegou o “vício” aos 15 anos. Desde então nunca mais largou, e faz questão de trazer seus filhos para os confrontos. A família tem, todos juntos, 120 galos
Dentro de um salão pequeno em Saint-Amand-les-Eaux, um dos 50 “galódromos” da região, Jacques prepara seus “Combatentes do Norte” com uma agulha metálica de 52 mm na pata
O salão conta com cerca de 130 espectadores-apostadores. Cada um deles paga cerca de R$ 8 (3 euros) para assistir às lutas e fazer suas apostas
“Nós colocamos um pouco de grana para apimentar o jogo. Ninguém jamais vai ficar rico com isso”, diz Maxime Dubus
“O galo que luta bem, acaba ficando famoso. Se alguém jamais aposta em um animal, é porque ele é muito ruim. Quando eu aposto, eu quero defender a minha posição”, diz um apostador iniciante da Bélgica, país onde as rinhas de galo são proibidas
No ringue, os dois galos se batem com os bicos e com as patas, no solo ou no ar, e as penas se espalham pelo ar. Se o galo cair, ele pode se levantar. Mas se ele ficar três minutos no chão, ele perde
A rinha pode durar até seis minutos e terminar com um empate ou, pior ainda, com a morte do animal
“O que me agrada é ver meu galo ganhar. Um galo é bom quando ele mata”, diz Frédéric Dusausoit, 20 anos, que organiza as rinhas ao lado de seus pais. Ele se defende e diz que as rinhas não são violentas. ”Nós amamos os galos da mesma forma que amamos os gatos ou cachorros”
“Isto não é nada bárbaro. Você coloca dois galos no ringue e eles vão brigar. Isso está no DNA deles”, afirma Alain Lacquemant, proprietário do “galódromo” de Saint-Amand-les-Eaux
Lacquemant explica que faz as rinhas fora da vista das pessoas e que, apesar de ser uma tradição regional, com frequência algumas associações tentam proibir as rinhas
Segundo uma lei de 1964, os combates são autorizados na França “em localidades onde uma tradição ininterrupta venha a ser estabelecida”
Para o vice-presidente da federação de rinhas do norte da França, Thierry Trichot, a tradição vai desaparecer dentro de “20 ou 30 anos”, mas não por causa das proibições, mas, sim, pela falta de novos interessados
Além do desinteresse dos jovens, ele afirma que o “esporte” tem custos cada vez maiores, como o alto preço dos grãos e os gastos elevados com veterinários

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Um ringue, seis minutos de combate e um turbilhão de penas pelos ares. O objetivo: ganhar a reputação e ser respeitado pelos oponentes. Esse é o cenário das rinhas de galo em Saint-Amand-les-Eaux, no Departamento Nord/Pas-de-Calais, única região do país onde esse tipo de “jogo” é permitido — uma tradição de mais de cem anos que, geralmente, passa de pai para filho
“Na minha família, nós jogamos brigas de galos desde 1900. Primeiro foi meu bisavô, depois meu avô, meu pai e agora eu, o último da linhagem. Eu tenho 70 anos, e se eu puder jogar por mais uma década, será ótimo”, diz o aposentado Maxime Dubus à agência de notícias France Presse
Jacques, um belga de 51 anos, pegou o “vício” aos 15 anos. Desde então nunca mais largou, e faz questão de trazer seus filhos para os confrontos. A família tem, todos juntos, 120 galos
Dentro de um salão pequeno em Saint-Amand-les-Eaux, um dos 50 “galódromos” da região, Jacques prepara seus “Combatentes do Norte” com uma agulha metálica de 52 mm na pata
O salão conta com cerca de 130 espectadores-apostadores. Cada um deles paga cerca de R$ 8 (3 euros) para assistir às lutas e fazer suas apostas
“Nós colocamos um pouco de grana para apimentar o jogo. Ninguém jamais vai ficar rico com isso”, diz Maxime Dubus
“O galo que luta bem, acaba ficando famoso. Se alguém jamais aposta em um animal, é porque ele é muito ruim. Quando eu aposto, eu quero defender a minha posição”, diz um apostador iniciante da Bélgica, país onde as rinhas de galo são proibidas
No ringue, os dois galos se batem com os bicos e com as patas, no solo ou no ar, e as penas se espalham pelo ar. Se o galo cair, ele pode se levantar. Mas se ele ficar três minutos no chão, ele perde
A rinha pode durar até seis minutos e terminar com um empate ou, pior ainda, com a morte do animal
“O que me agrada é ver meu galo ganhar. Um galo é bom quando ele mata”, diz Frédéric Dusausoit, 20 anos, que organiza as rinhas ao lado de seus pais. Ele se defende e diz que as rinhas não são violentas. ”Nós amamos os galos da mesma forma que amamos os gatos ou cachorros”
“Isto não é nada bárbaro. Você coloca dois galos no ringue e eles vão brigar. Isso está no DNA deles”, afirma Alain Lacquemant, proprietário do “galódromo” de Saint-Amand-les-Eaux
Lacquemant explica que faz as rinhas fora da vista das pessoas e que, apesar de ser uma tradição regional, com frequência algumas associações tentam proibir as rinhas
Segundo uma lei de 1964, os combates são autorizados na França “em localidades onde uma tradição ininterrupta venha a ser estabelecida”
Para o vice-presidente da federação de rinhas do norte da França, Thierry Trichot, a tradição vai desaparecer dentro de “20 ou 30 anos”, mas não por causa das proibições, mas, sim, pela falta de novos interessados
Além do desinteresse dos jovens, ele afirma que o “esporte” tem custos cada vez maiores, como o alto preço dos grãos e os gastos elevados com veterinários

Um ringue, seis minutos de combate e um turbilhão de penas pelos ares. O objetivo: ganhar a reputação e ser respeitado pelos oponentes. Esse é o cenário das rinhas de galo em Saint-Amand-les-Eaux, no Departamento Nord/Pas-de-Calais, única região do país onde esse tipo de “jogo” é permitido — uma tradição de mais de cem anos que, geralmente, passa de pai para filho

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