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Governo afegão e talibãs estão muito longe de acordo de paz

A menos de um mês da retirada total de suas tropas, governo dos EUA alerta para instabilidade que prossegue no Afeganistão

Internacional|Do R7

Tropas do governo afegão seguem tentando controlar as principais cidades
Tropas do governo afegão seguem tentando controlar as principais cidades Tropas do governo afegão seguem tentando controlar as principais cidades

O governo do Afeganistão e os insurgentes talibãs continuam longe de alcançar um acordo de paz, disse nesta terça-feira (3) o representante dos Estados Unidos nas negociações, enquanto Washington aumenta a pressão sobre Cabul por um acerto.

Leia também: Explosões e tiroteios sacodem a capital do Afeganistão

Enquanto novas explosões sacudiam a capital afegã e os combates se intensificavam pelo controle de três capitais regionais, Zalmay Khalilzad, representante especial dos Estados Unidos para a reconciliação do Afeganistão, disse que os talibãs exigem um novo governo no qual tenham a maior parte do poder, quando Cabul quer incluí-los no governo atual.

"Estão muito distantes e tentam afetar os cálculos do outro e os prazos com o que fazem no campo de batalha", disse Khalilzad no Fórum de Segurança de Aspen.

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A 28 dias da conclusão da retirada das tropas americanas, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, pediu nesta terça em um telefonema ao presidente afegão, Ashraf Ghani, para alcançar um acordo com os insurgentes.

"O secretário e o presidente Ghani enfatizaram a necessidade de acelerar as negociações de paz e encontrar uma solução política inclusiva", informou o Departamento de Estado em um resumo do telefonema.

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Blinken, por sua vez, reiterou "o forte e duradouro compromisso dos Estados Unidos com o Afeganistão" e os dois condenaram os ataques recentes dos talibãs como demonstrações de seu "pouco respeito pela vida humana e os direitos humanos", afirmou.

Khalilzad disse que o governo afegão e seus partidários internacionais têm uma vantagem sobre os islamitas linha dura, pois querem que qualquer futuro governo liderado pelos talibãs receba reconhecimento internacional, do qual careceram amplamente quando estiveram no poder na década de 1990.

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"Os talibãs não querem ser um Estado pária", disse.

"Disseram que não sabiam o que era reconhecimento quando chegaram ao poder nos anos 1990", acrescentou. "Mas o querem agora. Querem receber ajuda. Disseram que querem sair de várias listas que restringem a possibilidade de viajar".

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Khalilzad disse também que os talibãs querem normalizar suas relações com os demais para evitar que outros apoiem seus adversários no Afeganistão e acrescentou que o que atrasa o acordo é "o interesse pessoal" de alguns líderes.

Ele pediu, ainda, ao governo de Cabul para "ser realista quanto à solução política" que pode ser obtida.

"O governo tem que entender que não há solução militar para o conflito afegão", disse.

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