O governo da Argentina anunciou nesta sexta-feira (9) que reforçará a segurança da vice-presidente do país, Cristina Kirchner, depois dela ter sido alvo de uma tentativa de assassinato na semana passada.
O ministro de Segurança, Aníbal Fernández, garantiu que o governo "revisará" o dispositivo de segurança em torno da ex-presidente, que ficou no poder de 2007 a 2015, para as próximas aparições públicas.
"Cristina não é uma pessoa de medo, é uma pessoa que tem que conciliar a vocação de estar em contato com o povo, com o mínimo de cuidado. Nós deveremos revisar e avaliar isso", disse o integrante do governo, em entrevista à emissora local Radio Mitre.
"Haverá trabalhos específicos que as forças (Polícia Federal) [...] aplicarão para estes casos", completou o ministro.
O atentado aconteceu no último dia 1º, em frente à casa de Cristina, no bairro Recoleta, em Buenos Aires. Em meio a uma multidão que cumprimentava a vice-presidente do lado de fora da residência, um homem apontou uma pistola para o rosto dela, mas não houve disparo — a arma teria falhado, segundo a polícia.
Autoridades argentinas identificaram esse homem, que foi preso, como o brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos. Nascido em São Paulo, filho de uma argentina e um chileno, ele tem residência na Argentina desde a década de 1990 e já possuía antecedente criminal por portar armas não convencionais.
Aníbal, que chegou a colocar o cargo à disposição do presidente argentino, Alberto Fernández, negou após o ataque que a segurança de Kirchner atuou de maneira negligente, ao considerar que todos os protocolos foram cumpridos.