A Polícia da Espanha prendeu em Madri um homem de cerca de 70 anos por fornecer uma substância para ajudar sua mulher a morrer. Ela tinha 61 anos e sofria de uma doença terminal irreversível, informou a corporação nesta quinta-feira (4).
A mulher, segundo disseram à Agência Efe outras fontes da investigação, é María José Carrasco, doente há três décadas de esclerose múltipla, dependente de seu marido, que tinha pedido ao Congresso que aprovasse uma lei sobre a eutanásia.
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Na Espanha há uma crescente reivindicação social para que a eutanásia seja legalizada.
Espanhóis são favoráveis à legalização da eutanásia
Segundo várias pesquisas, mais de 80% dos espanhóis é a favor de regulá-la, mas o projeto de lei apresentado pelo Partido Socialista no ano passado está parado no Congresso, porque tanto o conservador Partido Popular (PP), como o Ciudadanos solicitam continuamente a ampliação do prazo de emendas.
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O projeto socialista contempla o "final antecipado da vida com o objetivo de evitar o prolongamento do sofrimento" de pessoas com doença grave e incurável ou incapacidade crônica.
Segundo informou à Efe a chefia superior da Polícia de Madri, a detenção do marido de María José aconteceu ontem no imóvel em que o casal residia na capital.
Mulher pediu 'final mais rápido possível'
Uma equipe médica foi até o local e confirmou a morte, alertando à Polícia que o marido tinha fornecido uma substância para provocar a morte de sua mulher, que estava em fase terminal.
Em uma reportagem de outubro deste ano na imprensa espanhola, María José afirmou: "Quero o final o mais rápido possível".