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Humanos chegaram à América do Norte acompanhados de cães

Estudo analisou fragmento de osso de um animal que viveu há cerca de 10 mil anos na região sudeste do Alasca

Internacional|Da AFP

Osso é de cão que morreu há cerca de 10 mil anos
Osso é de cão que morreu há cerca de 10 mil anos Osso é de cão que morreu há cerca de 10 mil anos

Os cães acompanharam os primeiros humanos que chegaram à América do Norte, afirmam cientistas que descobriram os restos mortais de um cachorro de mais de 10.000 anos, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (24).

Acredita-se que essas pessoas tenham migrado da Sibéria, através do que hoje é o estreito de Behring, entre 30.000 e 11.000 anos atrás. A história dos seres humanos está intimamente ligada à de seu amigo de longa data, e o estudo do DNA dos cães é útil para estabelecer os assentamentos humanos.

Cientistas da universidade norte-americana de Buffalo analisaram o DNA de um fragmento de osso de cachorro encontrado no sudeste do Alasca. Inicialmente, os pesquisadores acreditaram que se tratava de um urso, mas uma análise aprofundada revelou que era uma parte do fêmur de um cão que viveu na região há cerca de 10 mil anos.

O animal estudado compartilha uma linhagem genética com os cães americanos (chamados de "pré-contato"), os quais antecederam a chegada dos cães de raças europeias, que acompanharam os primeiros colonizadores, no século 17.

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Esses cães de "pré-contato" divergiram das chamadas raças siberianas há cerca de 16.000 anos, quando os cientistas acreditam ser possível que os humanos tenham percorrido um trajeto costeiro para chegar ao continente norte-americano, saindo da atual Sibéria.

"Como os cães estão ligados à ocupação humana do espaço, nossos dados ajudam a precisar não apenas uma data, mas também um lugar para a entrada de cães e de humanos nas Américas", explicou Charlotte Lindqvist, bióloga das universidades de Buffalo e da Dakota do Sul.

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Publicado na revista Proceedings of the Royal Society B, o estudo apoia a teoria de que os humanos povoaram o continente norte-americano a partir da Sibéria, por meio de um trajeto costeiro.

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"Acreditamos que as primeiras migrações humanas na região foram mais importantes do que pensamos", disse Charlotte

"Cão costeiro"

Uma análise do fragmento ósseo mostrou que o animal tinha uma dieta "marinha", baseada em restos de peixes, focas e baleias.

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Depois, os cães chegaram em ondas sucessivas, de acordo com Charlotte Lindqvist: primeiro, do Leste Asiático, com a população Thule; depois, com os huskies siberianos trazidos para o Alasca durante a corrida do ouro no século XIX.

O estudo acrescenta seu grão de areia ao antigo debate sobre se, ao cruzar o atual estreito de Bering, os primeiros humanos avançaram para o continente por um corredor continental, ou se por uma rota costeira ao longo do Pacífico.

Os vestígios de cães de pré-contato encontrados no corredor continental são mais jovens do que o identificado pela equipe de Lindqvist na rota costeira. Isso favorece a teoria de uma rota costeira para as primeiras chegadas. "O cão costeiro é um descendente dos cães que participaram da migração inicial", disse ela à AFP.

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