Uma das reféns libertadas pelo grupo terrorista Hamas no domingo (26), a israelense Alma Avraham, de 84 anos, está em condição de saúde considerada grave pelos médicos. A idosa foi levada de helicóptero da fronteira até um hospital na cidade de Be'er Sheva.
Um comunicado divulgado pelo centro médico na manhã desta segunda-feira (27), informa que "ela está internada na unidade de terapia intensiva geral e sua vida ainda corre perigo".
O diretor da UTI do hospital onde a idosa está disse à emissora de TV israelense i24 que se ela ficasse mais um dia em cativeiro, poderia não ter sobrevivido, acrescentando que a paciente está "instável, sedada e respirando com ventilação mecânica".
A artista Alma Avraham estava em sua casa, no kibutz Nahal Oz, na manhã daquele sábado, 7 de outubro. Ela falava ao telefone com uma vizinha quando um terrorista armado invadiu a residência.
"Tem um terrorista em minha casa", teria dito ela à interlocutora antes de ser rendida.
Um dos filhos de Alma, Uri Rawitz, chegou a dizer naquela época que a mãe não havia conseguido se trancar no abrigo da casa. Ela apareceu posteriormente em uma moto com terroristas armados.
Outro filho dela, Ouri Rivitz, falou à emissora de TV Kan 11 sobre sua mãe: "Ela é uma mulher muito, muito bonita, sempre foi assim. Linda por fora e por dentro. Ela tem uma inocência de quem fundou este país".
Autoridades israelenses dizem que o estado de saúde de Alma é uma prova de que os terroristas não deram o atendimento necessário aos reféns.
Em 17 de novembro, um idoso, Arye Zalmanovich, de 86 anos, morreu no cativeiro, na Faixa de Gaza. A informação foi divulgada pelo próprio Hamas.