Um juiz do Estado norte-americano da Virgínia condenou nesta terça-feira (14) um dos membros da gangue MS-13 acusados de torturar e matar Damaris A. Reyes Rivas. A jovem tinha apenas 15 anos e foi espancada e esfaqueada até a morte em janeiro deste ano. O crime ganhou notoriedade pelos detalhes sórdidos da execução, que foi filmada com um celular. De acordo com as autoridades, as imagens seriam enviadas aos líderes da gangue.
Wilmer A. Sánchez Serrano, de 22 anos, foi o primeiro dos 10 acusados do crime a ser preso. O júri o condenou a 33 anos de prisão, mas a sentença final só será emitida em 23 de março.
A mãe de Damaris, María Reyes, não conseguiu assistir às imagens do crime mostradas no tribunal, que mostravam os últimos minutos de vida da filha, segundo informações do jornal Washington Post.
Damaris foi levada para um bosque pelos membros da gangue. Eles a acusavam de ter feito parte de um plano para atrair Christian Sosa Rivas, outro membro do MS-13, para a morte. Sosa Rivas tinha sido assassinado uma semana antes da jovem.
Leia também
Damaris foi intensamente interrogada sobre a morte de Sosa Rivas por cerca de duas horas, enquanto apanhava e levava chutes dos membros da gangue.
Ela foi obrigada a tirar a roupa, apesar do frio intenso e da neve, e um dos agressores ameaçou cortar seu dedo com um cortador de charuto.
Damaris teria, então, sido esfaqueada 13 vezes por Venus Romero Iraheta, de 17 anos, namorada de Rivas. Antes de matar a jovem, Iraheta a provocou dizendo que elas se veriam no inferno.
Ainda de acordo com o jornal Washington Post, a crueldade do crime foi tanta que deixou todo o tribunal em silêncio durante a apresentação das imagens.
*Texto de Marta Santos, do R7
Repórter Record Investigação mostra como age o exército a favor do crime, veja a matéria completa: