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Irã e Iraque apostam por fortalecer laços apesar da pressão dos EUA

Grande assunto abordado durante a reunião foram as exportações de eletricidade do Irã ao Iraque e as conexões da rede de gás e de petróleo

Internacional|EFE

Presidente do Irã e ministro iraquiano, Adil Abdul-Mahdi fortalecem as relações
Presidente do Irã e ministro iraquiano, Adil Abdul-Mahdi fortalecem as relações Presidente do Irã e ministro iraquiano, Adil Abdul-Mahdi fortalecem as relações

O presidente do Irã, Hassan Rohani, e primeiro-ministro iraquiano, Adil Abdul-Mahdi, apostaram neste sábado (06) por fortalecer as relações econômicas e políticas bilaterais apesar das pressões dos Estados Unidos para que Bagdá se desvincule de Teerã.

Abdel-Mahdi começou uma visita oficial de dois dia ao Irã, a primeira realizada ao país vizinho desde que assumiu o cargo de primeiro-ministro do Iraque em outubro.

Em entrevista coletiva conjunta, Rohani ressaltou que ambos os países buscam aumentar os laços econômicos até "conseguir um volume comercial de US$ 20 bilhões nos próximos meses".

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"Uma das questões importantes do dia de hoje é acelerar a implementação de todos os acordos alcançados entre os dois países durante a minha visita a Bagdá" de março, disse o presidente iraniano.

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Entre esses acordos, citou a emissão de vistos gratuitos para os cidadãos de ambos os países, que já foi implementado, assim como a conexão ferroviária entre Shalamcheh e Basra.

O outro grande assunto abordado durante a reunião foram as exportações de eletricidade do Irã ao Iraque e as conexões da rede de gás e de petróleo, esta última ainda por implementar.

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Atualmente, as exportações iranianas ao Iraque, país que depende em grande medida do gás, da eletricidade e dos alimentos de seu vizinho, alcançam US$ 13 bilhões, dos quais mais de US$ 7 bilhões são não petrolíferas.

Estas exportações são as que os EUA querem cortar depois que, após se retirar no ano passado do acordo nuclear multilateral de 2015, voltou a impor sanções ao Irã que afetam vários setores, entre eles o da energia e o bancário.

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Washington exigiu aos seus aliados que façam o mesmo, mas concedeu em março uma nova moratória de 90 dias ao Iraque para se adaptar e reduzir a dependência energética do país vizinho.

A respeito, o primeiro-ministro iraquiano destacou seu compromisso com os acordos assinados com o Irã e em "ampliar" as relações, já que considerou que "a estreita cooperação entre o Irã e o Iraque beneficia os dois países, a região e o mundo".

"Dissemos no passado e hoje sublinho: estamos do lado do governo e da nação do Irã nos bons e nos maus momentos", em alusão às pressões americanas.

Abdel-Mahdi agradeceu, além disso, a ajuda do Irã na luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) com o envio de assessores militares e milicianos xiitas.

"A segurança de hoje (no Iraque) devemos aos apoios do Irã", disse o primeiro-ministro iraquiano, enquanto Rohani advogou por fortalecer a cooperação de segurança e na luta contra o terrorismo.

Quanto à situação no Oriente Médio, ambos os dirigentes mostraram também unidade, inclusive sobre as decisões adotadas pelos EUA de transferir sua embaixada de Tel Aviv a Jerusalém e de reconhecer a soberania israelense das Colinas do Golã ocupados.

"Irã e Iraque estão de acordo que Jerusalém é a capital da Palestina e que o Golã é uma parte inseparável da Síria", afirmou Rohani.

As relações entre o Iraque e o Irã, que se enfrentaram em uma guerra entre 1980 e 1988, se transformaram em estratégicas desde a derrocada do ditador sunita Saddam Hussein em 2003 e a ascensão ao poder em Bagdá das forças xiitas.

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