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Irã expande influência na Síria e obriga EUA a permanecerem no país

Governo americano muda a estratégia e, enquanto combate forças restantes do Daesh, condiciona retirada de tropas à saída das forças iranianas

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7

Tropas americanas serão mantidas na Síria
Tropas americanas serão mantidas na Síria Tropas americanas serão mantidas na Síria

Toda a estratégia do governo dos Estados Unidos para a Síria foi reformulada por causa apenas de um detalhe: a insistente, e crescente, presença do Irã no país. 

Isto levou a administração de Donald Trump, que há alguns meses declarou a intenção de retirar as tropoas do território sírio, a dar uma guinada, mesmo que informalmente.

O argumento oficial do governo é o de que os Estados Unidos permanecem na região com o objetivo de neutralizar completamente a ação do Daesh que, mesmo enfraquecido, continua atuando em algumas áreas. Uma retirada iraniana seria um benefício complementar a esse objetivo.

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No início do mês, no entanto, o conselheiro de segurança nacional, John Bolton, deixou claro que a presença do Irã é o principal incômodo. Ele declarou que as tropas americanas irão permanecer na Síria "enquanto as tropas iranianas estivessem fora das fronteiras iranianas."

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A maior preocupação americana, além de manter influência em uma região estratégica, é dar suporte para Israel em suas incursões contra forças iranianas em território sírio, consideradas uma ameaça para Israel.

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, repetidas vezes ressaltou que Israel irá manter ações militares que combatam a presença iraniana na Síria, buscando não só coordenação com os americanos, como com as tropas da Rússia mantidas no local.

A nova diretriz amerciana, desta forma, é manter forças na Síria até que a guerra civil seja concluída. E com a garantia de que o Irã não irá expandir sua influência no Oriente Médio.

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Tal situação, portanto, tende a se prolongar, já que, segundo a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos, Irã e seu aliado Hezbollah estão cada vez mais presentes, principalmente no sul do país, após terem ajudado forças sírias a reconquistarem praticamente toda a linha da fronteira com Israel e a Jordânia.

Eles se estabeleceram em cidades como Daraa, onde têm criado núcleos e ampliado a sua influência na região. Até mesmo santuários xiitas foram abertos. A ONG disse que os oficiais, em torno de 1600, recebem salários atraentes para permanecerem no local.

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