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Iraque: Moradores de Mossul limpam as ruas de feridas da guerra

Na maior cidade do norte do Iraque, moradores se unem em um esforço para limpar estragos da guerra contra o Daesh e de uma campanha eleitoral

Internacional|Da EFE

Moradores se unem para limpar as ruas da cidade de Mossul, no Iraque
Moradores se unem para limpar as ruas da cidade de Mossul, no Iraque Moradores se unem para limpar as ruas da cidade de Mossul, no Iraque

Os moradores de Mossul, maior cidade do norte do Iraque, se somaram a uma campanha para recolher o lixo das ruas, mas também escombros da guerra contra o grupo terrorista Daesh e resíduos das eleições do ano passado.

Munidos com vassouras, dezenas de grupos de voluntários participaram da campanha de limpeza, embora os trabalhos mais pesados tenham sido realizados por escavadeiras do governo regional, que atualmente está sob intervenção por ordem de Bagdá, e dirigidos pelo exército iraquiano.

"Levantei com as minhas mãos uma moldura de ferro de um cartaz de um dos candidatos, que foi pendurado em um poste de eletricidade perto da Universidade de Mossul", relatou à Agência EFE o professor universitário Hossam al Tahan, um dos voluntários.

Al Tahan disse que esta moldura é um dos resíduos dos "corruptos" que vieram à cidade para pedir voto nas eleições, realizadas em maio de 2018, e depois "fugiram e deixaram a cidade em meio a esta crise".

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Campanha de limpeza

Na campanha de limpeza participaram cerca de três mil pessoas de diferentes corpos de segurança e organismos públicos, além de 14 equipes de voluntários de organizações de moradores.

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Também foram usadas cerca de 500 escavadeiras e outras máquinas para remover escombros, segundo detalhou à Agência EFE o chefe da campanha na província de Ninawa, Abdulkader Aldajil.

As equipes de engenheiros removeram barreiras de cimento e montes de terra que foram colocados no acesso a alguns bairros da cidade para protegê-los dos atentados terroristas, que se multiplicaram em Mossul no começo deste ano.

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"O fechamento das áreas residenciais ocorreu devido à deterioração da situação de segurança no passado, mas a partir de hoje não vamos ver essas barreiras de novo nas ruas de Mossul", disse à EFE o general Jayim Alyaburi, um dos responsáveis da chamada "célula de crise" que administra a província de Ninawa.

Medidas de segurança

Para melhorar a segurança, a polícia pretende instalar câmeras em todas as avenidas principais e nas entradas das áreas residenciais da maioria dos bairros da cidade, segundo o general.

Mossul, uma cidade de cerca de dois milhões de habitantes às margens do rio Tigre, foi conquistada pelos jihadistas em junho de 2014 e transformada na capital iraquiana do Estado Islâmico.

A cidade foi libertada após uma longa batalha de oito meses, que terminou em julho de 2017 e que deixou um rastro de destruição ainda hoje presente, especialmente no centro histórico, que segue em ruínas após os bombardeios dos aviões da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.

Fahd Jihad, chefe da equipe de voluntários Sawa (Juntos), disse à EFE que "a cidade tinha sido abandonada depois de sua libertação" e "ficaram presentes os resíduos da guerra".

Já o chefe do Fórum Badin (Começamos), Ali Aghwan, afirmou à Efe que a mensagem a transmitir para os moradores da cidade com a participação na campanha "é mais profunda do que a questão da limpeza".

"Mossul mostrou hoje que é possível administrar a si mesma e sem a intervenção dos corruptos, poderá voltar a ser uma cidade perfeita em um curto espaço de tempo", assegurou.

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