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Itália aprova verba de 7,5 bilhões de euros para enfrentar coronavírus

Primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, explicou que foram aprovados recursos para financiar "medidas extraordinárias e urgentes"

Internacional|Da EFE

Menino joga bola em praça quase deserta em Nápoles, na Itália
Menino joga bola em praça quase deserta em Nápoles, na Itália Menino joga bola em praça quase deserta em Nápoles, na Itália

O governo da Itália aprovou nesta quinta-feira (05) uma verba de 7,5 bilhões de euros (aproximadamente R$ 38 bilhões) para ajudar famílias e empresas em meio à crise causada pelo novo coronavírus, que já infectou mais de 3 mil pessoas e causou 148 mortes, e solicitou flexibilidade orçamentária à União Europeia (UE).

Leia mais: OMS afirma que notas de dinheiro podem espalhar coronavírus

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, explicou em entrevista coletiva que foram aprovados recursos no valor de 7,5 bilhões de euros para financiar um decreto com "medidas extraordinárias e urgentes", que deverá ser aprovado na semana que vem.

Isto significará um desvio de 6,35 bilhões de euros líquidos nos gastos públicos, disse o ministro da Economia, Roberto Gualtieri.

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A Itália já tinha antecipado que pediria mais flexibilidade orçamentária à UE para enfrentar a epidemia, e Conde disse que não haveria "divergência".

"Não estamos dando um passo em falso, e já podemos declarar a total sensibilidade por parte da Comissão Europeia (CE), que compreende a emergência pela qual a Itália está passando. Deste ponto de vista, não esperamos nenhuma divergência com a União Europeia", comentou.

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A posição do governo italiano é que "não é apenas uma emergência sanitária, mas também econômica", devido ao impacto sobre as zonas mais afetadas do norte, o motor econômico do país, e também sobre outros setores, como o do turismo.

O ministro explicou que, com esses recursos, será feito um decreto com as medidas para "fornecer meios" aos especialistas, ajudar as famílias afetadas pelo vírus e permitir uma moratória sobre os empréstimos às empresas afetadas.

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"Ninguém deve perder o emprego por causa do coronavírus", disse Gualtieri, que espera que o decreto venha na próxima semana, uma vez que passe pelo trâmite parlamentar apropriado.

Gualtieri já informou por carta o comissário europeu para Assuntos Econômicos, Paolo Gentiloni, e o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, sobre o procedimento.

Na carta, disse que o coronavírus "atingiu repentina e fortemente a Itália nas últimas duas semanas" e afirma que as restrições aprovadas para conter a epidemia afetarão setores como os de transporte, hotelaria, turismo, cultura e comércio.

O pacote de medidas do governo aumentará o déficit do país para 2,5% do produto interno bruto (PIB), 0,3 ponto percentual acima da previsão anterior.

A Itália se compromete com a Europa a "retomar a sua estratégia de redução da dívida assim que a normalidade voltar" e, ao justificar o endividamento, argumenta que aumentar os impostos para pagar a emergência "feriria os sentimentos em um momento muito delicado".

O país já registrou vários surtos de coronavírus nas regiões norte da Lombardia e Vêneto, que já se espalharam por outras partes do país, com um total de 3.296 pessoas infectadas e 148 mortos, a maioria idosos, segundo o último relatório da agência de Defesa Civil.

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