O governo da Itália autorizou nesta segunda-feira (14) o desembarque no porto de Taranto, no sul do país, o navio Ocean Viking, da ONG francesa SOS Méditerranée e dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), que resgatou ontem 176 migrantes no Mar Mediterrâneo.
"É um alívio que os 176 sobreviventes possam estar seguros sem atrasos inúteis. Mas, pedimos aos líderes da União Europeia que concordem com um mecanismo de desembarque automático", apontou a organização não governamental em postagem no Twitter.
Após a mudança de governo na Itália, com a saída do partido político de extrema-direita Liga, a aliança formada entre o Movimento 5 Estrelas e o Partido Democrata não impede a chegada de migrantes no país.
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Não há, no entanto, sinal de que seja colocado em prática o acordo firmado há alguns dias entre Alemanha, França, Malta e também a Itália, para a distribuição dos resgatados no Mediterrâneo central pelos navios humanitários.
Ainda nesta segunda-feira, chegaram à ilha de Lampedusa três embarcações com 200 migrantes, que foram levados ao centro de amparo montado na localidade, onde estão atualmente 400 pessoas.
Outros dois pequenos barcos foram interceptados antes de chega à costa da Calábria, no sul italiano, com 108 migrantes, que foram identificados como iraquianos e iranianos e, em seguida foram transferidos pela Guarda Litorânea e levados para a cidade de Roccella Ionica.
A Agência da ONU para Refugiados (Acnur) cobrou nesta segunda-feira que os governos de países europeus façam maiores esforços para proteger os menores de idade refugiados e migrantes.