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Japão precisa garantir segurança na limpeza de Fukushima, diz ONU

Funcionários disseram que seus salários estavam sofrendo cortes e denunciaram a pouca supervisão das condições de trabalho

Internacional|Do R7

Limpeza deve levar décadas
Limpeza deve levar décadas Limpeza deve levar décadas

O Japão precisa agir com urgência para proteger dezenas de milhares de pessoas que estão limpando a usina nuclear danificada de Fukushima Daiichi da exploração e da exposição à radiação que foram relatadas, disseram especialistas em direitos humanos da ONU nesta quinta-feira.

A Tokyo Electric Power Co Holdings (Tepco), proprietária da usina nuclear atingida por um tsunami que provocou vazamentos em 2011, vem sendo amplamente criticada pelo tratamento dispensado a seus funcionários e pela maneira como realiza a limpeza, que deve levar décadas.

Uma investigação de 2013 da Reuters revelou violações trabalhistas generalizadas. Funcionários disseram que seus salários estavam sofrendo cortes e denunciaram a pouca supervisão das condições de trabalho. À época, a Tepco disse que estava adotando medidas para limitar os abusos.

Três especialistas da ONU que se reportam ao Conselho de Direitos Humanos da organização disseram em um comunicado divulgado em Genebra que a exposição à radiação continua sendo um grande perigo para os funcionários que tentam limpar o local, e que estes ainda correm o risco de serem explorados.

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"Segundo relatos, entre os funcionários contratados para descontaminar Fukushima há imigrantes, postulantes a asilo e desabrigados", disseram Baskut Tuncak, especialista em substâncias perigosas, Dainius Puras, especialista em saúde, e Urmila Bhoola, especialista em escravidão contemporânea.

"Estamos profundamente preocupados com a exploração relacionada aos riscos de exposição à radiação, possível coerção para se aceitar condições de trabalho perigosas por causa de dificuldades econômicas e a adequação de medidas de treinamento e proteção", disseram.

O porta-voz da Tepco e uma autoridade do Ministério de Relações Exteriores disseram não poder comentar o comunicado de imediato.

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