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Johnson & Johnson é condenada a pagar por crise de opioides

No estado de Oklahoma mais de 6 mil pessoas morreram nas duas últimas duas décadas. Grupo terá que pagar mais de R$ 2,3 bilhões por danos 

Internacional|Da EFE

A multinacional Johnson & Johnson (J&J) deverá pagar mais de US$ 572 milhões, cerca de R$ 2,3 bilhões pelo papel na crise dos opioides em Oklahoma (Estados Unidos), que, segundo o governo estadual, causou mais de 6 mil mortes nas últimas duas décadas.

A decisão foi tomada nesta segunda-feira pelo juiz do distrito do condado de Cleveland, Thad Balkmam. O grupo farmacêutico americano deverá pagar um total de US$ 572.102.088 para reparar os danos causados no estado.

"A crise dos opioides devastou o estado de Oklahoma e deve ser reduzida imediatamente", afirmou Balkman ao ler a sentença.

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A decisão era muito esperada pelas grandes companhias farmacêuticas, já que há vários processos similares em mais de 40 estados dos Estados Unidos, além de uma petição, na esfera federal, assinada por mais de 2.000 cidades e condados.

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O procurador-geral de Oklahoma, o republicano Mike Hunter, tinha processado em 2017 três grandes farmacêuticas - J&J, Purdue Pharma e Teva - acusando-as de causar um prejuízo público ao fornecer opioides em larga escala no estado sem informar com exatidão sobre o risco de uso deste tipo de analgésico.

Hunter denunciou que a epidemia de opioides em Oklahoma causou mais de 6 mil mortes nas últimas duas décadas.

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A indústria farmacêutica

A J&J negou as acusações, e o advogado da companhia, John Sparks, questionou a aplicação da lei de "prejuízo público" por parte da promotoria, além de argumentar que as autoridades estaduais tinham "interpretado mal" a lei.

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As outras duas companhias farmacêuticas acusadas pelo estado de Oklahoma - Purdue Pharma e Teva - fecharam acordos extrajudiciais com as autoridades locais e pagarão US$ 270 milhões e US$ 85 milhões, respectivamente, para evitarem ir a julgamento.

Os valores serão destinados a financiar a pesquisa e o tratamento da dependência da população em Oklahoma e ao pagamento das despesas jurídicas, segundo a imprensa americana.

Segundo dados do Centro para o Controle e a Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), overdoses relacionadas a opioides no país tiveram saldo de mais de 47 mil mortes em 2017, das quais 36% incluem medicamentos que tinham sido administrados com receita médica.

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