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Líder opositor cubano é solto e cita torturas 'psicológicas'

José Daniel Ferrer disse que foi submetido a interrogatório contínuo e que sua cela estava em más condições. Ele foi preso em 3 de agosto

Internacional|Do R7

Ferrer foi detido em 3 de agosto
Ferrer foi detido em 3 de agosto Ferrer foi detido em 3 de agosto

O dissidente cubano José Daniel Ferrer, líder da Unpacu (União Patriótica de Cuba), foi libertado nesta quarta-feira (15) após passar duas semanas em prisão provisória acusado pela Promotoria de Santiago de Cuba de "tentativa de assassinato" a um oficial da polícia.

Ele se comunicou por telefone com jornalistas presentes a uma entrevista coletiva em Miami para denunciar que sofreu "torturas psicológicas" durante sua detenção.

Ferrer, que foi detido em 3 de agosto depois de um incidente com um agente da polícia política em Palmarito de Cauto (leste), disse por telefone que as condições do seu encarceramento foram "tremendas".

Embora no começo tenha dito que foi "torturado" sem dar mais explicações, depois disse que foram torturas "psicológicas" as que sofreu, como o "interrogatório contínuo" ao qual foi submetido e as más condições de sua cela.

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Ferrer, de 48 anos, falou por telefone com os presentes em uma entrevista coletiva oferecida pelo seu irmão Luis Enrique, que iria dar informações sobre a situação do líder de Unpacu, quando foi divulgada a notícia de sua "liberdade imediata".

Luis Enrique entrou em contato com seu irmão e poucos minutos depois o próprio líder da Unpacu falou com os jornalistas reunidos na sede da Fundação Nacional Cubana Americana.

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O líder opositor anunciou também que soube da detenção de outro opositor, Jorge Luis García Pérez, "Antunez", líder da Frente Nacional de Resistência Cívica Orlando Zapata Tamayo em Cuba, algo do qual também informou hoje em Miami a organização do exílio Diretório Democrático Cubano.

"A luta continua", ressaltou Ferrer.

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Além disso, agradeceu as amostras de solidariedade recebidas durante sua detenção e pediu que as pessoas não se esqueçam dos "cem presos políticos" que, segundo disse, estão como se estivessem em "campos de concentração".

Embora tenha ganhado liberdade, o processo judicial continua, afirmou José Daniel Ferrer, a quem a Promotoria acusa do crime de "tentativa de assassinato" a um oficial da polícia política.

Luis Enrique disse que o líder da Unpacu esteve 12 dias incomunicável e que não teve acesso a um advogado e nem pôde falar com sua família durante o tempo em que esteve preso.

Ferrer foi detido em 3 de agosto junto ao seu motorista e colaborador Ebert Hidalgo, após um incidente ocorrido na cidade de Palmarito de Cauto, na província oriental de Santiago de Cuba.

Segundo os autos do processo, que foi divulgado por veículos de imprensa não estatais da ilha, Ferrer "deu partida (no automóvel) aceleradamente e o dirigiu contra o oficial (Dainier Suárez), que, desprevenido, reagiu com um movimento rápido" e se jogou na via sem poder evitar um forte impacto em um braço.

Hoje o líder opositor disse que não deu "tempo de manobrar" o automóvel e que depois o algemaram e o levaram para uma cela.

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